A região de Umuarama recebeu, nesta semana, uma missão do Banco Mundial que veio conhecer ações de segurança hídrica e uso racional de água na produção agrícola. Em visita a diversas propriedades rurais, foram abordadas experiências com plantio direto, terraceamento, recomposição de vegetação nativa e irrigação.
“Além disso, eles também conheceram ações de melhoria da qualidade da água, como uso de fossas sépticas”, disse o secretário municipal do Meio Ambiente de Umuarama, Cláudio Marconi, que acompanhou todas as visitas. O prefeito Fernando Scanavaca também esteve com os integrantes da missão durante jantar na Sociedade Rural de Umuarama, ao lado do presidente Milton Gaiari.
Além da equipe do Banco Mundial, composta por nove técnicos do Brasil e da França, a comitiva também contou com integrantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), do Instituto Água e Terra (IAT), da Sanepar e das secretarias de Estado do Planejamento, da Agricultura e do Abastecimento e da Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento, do Ministério do Planejamento e Orçamento, do governo federal, totalizando 23 técnicos e agrônomos.
“O Banco Mundial apoia financeiramente políticas públicas para todo o Estado, com foco especial na região do arenito caiuá, para ajudar o Paraná a enfrentar situações de escassez hídrica e disputa pela água”, comentou o gerente regional do IDR-Paraná, Danilo Sebim.
Uma das propriedades consideradas modelo na utilização de água para irrigação, em Umuarama, recebeu a visita da missão. No sítio a família do agrônomo Anderson Quinaia investe em fruticultura – com 250 pés de abacate, 200 de goiaba e cerca de 5 mil pés de mamão, sendo 2.500 em plena produção, na variedade Formosa/Bela Nova. Com um cuidado apurado, a plantação rende cerca de 120 toneladas de mamão por hectare.
A irrigação faz toda a diferença. A umidade e os nutrientes do solo, na plantação, são monitorados para definir a complementação de fertilizantes a necessidade de água, que vem de poços artesianos. Com esses cuidados, a colheita começa geralmente seis meses após a florada dos mamoeiros, que têm uma vida útil de dois anos com potencial econômico. Por isso, é importante a renovação constante da cultura.
A propriedade, localizada no distrito de Santa Eliza às margens da Estrada Boiadeira (rodovia BR-487), é considerada referência em fruticultura e tocada apenas pela família, com auxílio de três a quatro empregados quando aumenta a demanda de serviços.
De acordo com o IDR-Paraná, nos 21 municípios da região estão cultivados cerca de 10 alqueires de mamão irrigado, que excelente produção. “A qualidade garante a valorização da fruta no mercado e uma boa renda no campo, integrando a atividade com o cuidado ao meio ambiente”, completou Marconi.