Umuarama Júri Popular
Acusado de matar e carbonizar homem por vingança está sendo julgado em Umuarama
Cristiano Ribeiro foi encontrado na mesma residência, em outro cômodo, dormindo com uma mulher e alegou não ter percebido o fogo
08/08/2025 17h15
Por: Alex Miranda
Arquivo - Tribuna Hoje News

Está sendo julgado hoje (8), no Tribunal do Júri da Comarca de Umuarama, Cristiano Ribeiro, de 32 anos, acusado de um crime bárbaro ocorrido em agosto de 2024, no Conjunto Residencial Guarani. Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), ele teria matado e ateado fogo ao corpo de um homem ainda não identificado, por suposta vingança relacionada a uma dívida financeira.

O julgamento será presidido pelo juiz Adriano Cezar Moreira e promete atrair atenção da comunidade local, devido à brutalidade do crime, que chocou os moradores do bairro e ganhou destaque na imprensa regional.

O crime

O homicídio aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto de 2024, em uma residência abandonada na Rua Santa Efigênia, onde, segundo as investigações, Cristiano teria agredido violentamente a vítima e, em seguida, incendiado o corpo, resultando em morte por carbonização, como atestado pelo laudo de necropsia.

O corpo foi encontrado pela Polícia Militar no quintal da casa, já em avançado estado de carbonização. Dentro da residência, em um dos cômodos, Cristiano foi localizado dormindo com uma mulher de 62 anos, que alegou não ter percebido o fogo ou qualquer movimentação anormal durante a noite. A mulher não foi indiciada, pois não houve indícios de participação ou conhecimento do crime.

Ribeiro, que se encontrava em situação de rua e era conhecido nas redondezas da Apromo (Associação de Proteção de Umuarama), foi preso em flagrante e encaminhado à Cadeia Pública de Umuarama, onde permanece detido preventivamente desde então.

A denúncia apresentada pelo MPPR é grave e o acusa de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além do crime de ocultação de cadáver. As acusações estão embasadas nos artigos 121, §2º, incisos I, III e IV, e 211 do Código Penal Brasileiro. Caso condenado, Cristiano poderá pegar mais de 30 anos de prisão.

Hoje pela manhã foram ouvidas testemunhas, policiais e peritos. À tarde acontecem os embates entre defesa do acusado e promotoria.