Cidades Maus-tratos
Homem é preso em Quedas do Iguaçu após matar três filhotes de cachorro
Prisão preventiva foi decretada a pedido do Ministério Público; animais sobreviventes foram resgatados por ONG de proteção animal
27/08/2025 15h42
Por: Alex Miranda
Ilustrativa

Um caso de extrema violência contra animais chocou os moradores de Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná. A Vara Criminal da cidade decretou, na última segunda-feira (25), a prisão preventiva de um homem acusado de maus-tratos após ele matar três filhotes de cachorro e tentar ferir outros animais da mesma ninhada. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), que apontou a gravidade da conduta e o risco de reincidência como fundamentos para a medida.

De acordo com as informações do processo, o acusado teria agido com crueldade ao ceifar a vida dos três filhotes e, em seguida, arremessar os corpos em um tanque de água. Quando as equipes policiais chegaram ao local, encontraram o homem tentando agredir a cadela mãe e mais dois cães. A cena gerou revolta imediata na vizinhança, levando moradores a cercarem o agressor para impedir que ele continuasse com os ataques até a chegada da polícia.

A 1ª Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu ressaltou que a prisão era necessária não apenas pela brutalidade do ato, mas também pelo histórico do acusado. Ele já havia sido condenado anteriormente pelo crime de incêndio, o que reforçou a avaliação sobre sua periculosidade. Para o Ministério Público, medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou restrições de contato, seriam insuficientes diante da gravidade do caso.

O juiz responsável pelo caso acatou os argumentos e determinou a prisão preventiva, ressaltando a necessidade de proteger a coletividade e evitar novas práticas criminosas. Com isso, o acusado permanecerá detido enquanto prosseguem as investigações.

Os animais sobreviventes foram resgatados por uma organização de proteção animal da cidade, que passou a cuidar deles e já iniciou campanhas para garantir tratamento veterinário e futura adoção responsável.

O Ministério Público informou que continua acompanhando o inquérito e poderá oferecer denúncia formal contra o acusado nos próximos dias, pedindo que ele seja levado a julgamento por maus-tratos e crueldade contra animais, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais.

O episódio reacendeu debates sobre a necessidade de punições mais severas para crimes de maus-tratos a animais e mobilizou entidades de proteção animal em toda a região.