Foi noticiado ontem (15) pela manhã, pelo portal de notícias Umuarama News, a suposta existência de um cemitério clandestino em Icaraíma, nas proximidades do local onde a pick-up Fiat Toro, usada por quatro homens desaparecidos há 40 dias, foi localizada e desenterrada na última sexta-feira (12), à tarde.
Na manhã de segunda-feira (12), familiares dos desaparecidos receberam informações de que os corpos — que não estavam junto à Fiat Toro — estariam enterrados em um cemitério clandestino existente na região entre o distrito de Vila Rica do Ivaí e o Porto Jundiá, no rio Ivaí, dentro dos limites do município de Icaraíma.
É importante lembrar que a Polícia Civil estuda a hipótese de emboscada, já que havia marcas de tiros no para-brisa dianteiro e também nas laterais do veículo, além de vestígios de sangue na caçamba da pick-up. Esses indícios reforçam a suspeita de que os corpos tenham sido levados para outro local, onde teriam sido desovados.
Outro detalhe revelado pelos parentes, segundo relato de um denunciante anônimo, é que os corpos poderiam ter sido enterrados em locais distintos, fator que dificulta ainda mais o trabalho da polícia, que segue a linha investigativa de homicídio.
As informações foram repassadas ontem à Polícia Civil, que já iniciou buscas para verificar a suposta existência do cemitério clandestino em uma área de mata fechada e de difícil acesso, até mesmo a pé.
O carro usado por Robishley Hirnani, Rafael Marascalchi, Diego Henrique e Alencar Gonçalves, encontrado na última sexta-feira (12), foi recolhido à delegacia e poderá passar por novas perícias, se necessário. Peritos do Instituto de Criminalística de Umuarama já coletaram diversos indícios no local da escavação.
A possível descoberta de um cemitério clandestino pode mudar completamente os rumos da investigação. Caso sejam encontrados outros corpos, peritos, papiloscopistas e equipes do Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama terão de realizar um trabalho minucioso, o que traria uma reviravolta ao inquérito policial.
Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil não havia se manifestado oficialmente sobre as informações, uma vez que as diligências ainda estavam em andamento. Todo o processo segue sob sigilo, com a liberação gradual de alguns detalhes considerados pertinentes ao avanço das buscas.