O Núcleo Regional de Umuarama do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público do Paraná, realizou na manhã de ontem (25) uma operação de grande porte para investigar crimes de organização criminosa e exploração de jogos ilegais. Batizada de Operação Alcova, a ação contou com o apoio da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama e resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, sendo oito em Umuarama e um em Maria Helena.
Durante a operação, quatro pessoas foram detidas por diferentes crimes. Uma delas foi presa em flagrante por receptação de cigarros, outra por receptação de cigarros e exploração de jogos de azar, a terceira por porte ilegal de arma de fogo, e a quarta por exploração de jogos ilegais. Além das prisões, os agentes apreenderam máquinas de jogos ilícitos, cigarros e produtos de origem duvidosa, dinheiro em espécie, celulares e anotações, que passarão por perícia e poderão servir como prova no decorrer das investigações.
Um dos estabelecimentos vistoriados pelo Gaeco foi um bar ainda em funcionamento na antiga Estação Rodoviária de Umuarama, apontado como ponto de exploração de jogos ilegais. Outros bares localizados no centro da cidade também foram alvos da operação, reforçando a suspeita de atuação organizada em diversos pontos estratégicos da região.
A Operação Alcova foi desencadeada depois que várias ações desenvolvidas pela
Polícia Civil através do Grupo de Diligências Especiais (GDE),. Quando foram apreendias máquinas caça-níqueis e foi encontrada a ‘raiz’ do sistema financeiro dos contraventores’, suspeitos também de lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, a Operação Alcova investiga a atuação de grupos que se beneficiavam financeiramente da exploração de jogos de azar, mantendo um esquema criminoso estruturado e contínuo. A ação busca interromper a operação das casas de jogos, responsabilizar os envolvidos e desarticular a rede que favorecia a prática ilícita.
O Gaeco ressaltou que as diligências foram planejadas com base em investigações prévias e seguem critérios técnicos para garantir a eficácia da operação, além de respeitar os direitos individuais. A identificação de máquinas de jogos ilegais e de produtos ilícitos reforça o caráter organizado e lucrativo das atividades investigadas.
Além do combate à exploração de jogos, a operação também se concentra em coibir crimes conexos, como receptação de mercadorias ilegais e porte de armas de fogo, evidenciando a complexidade da organização criminosa investigada.
A expectativa do Ministério Público é que a investigação contribua para reduzir a presença de atividades ilícitas em Umuarama e região, garantindo maior segurança à população e a aplicação da lei. Os envolvidos poderão responder criminalmente, e os bens apreendidos servirão como elementos de prova para a responsabilização legal.
A Operação Alcova reforça a atuação do Gaeco no combate a crimes organizados no Paraná, mostrando que ações coordenadas entre Ministério Público e forças de segurança têm impacto direto na prevenção e repressão de atividades ilícitas na cidade.