Umuarama Liberdade
IAT resgata aves silvestres mantidas ilegalmente em cativeiro na cidade
Entre as espécies estavam dois pintassilgos, dois tico-ticos, um trinca-ferro e um coleira papa-capim, que passam por avaliação veterinária e depois retornam à natureza
17/10/2025 11h30
Por: Alex Miranda
Divulgação

Técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) resgataram ontem (quinta-feira, 16) seis aves silvestres que eram mantidas irregularmente em cativeiro em uma residência localizada na zona rural de Umuarama. A ação foi realizada durante uma fiscalização de rotina do órgão ambiental, que tem intensificado o combate à captura, criação e comércio ilegais de animais da fauna nativa.

Durante a vistoria, os fiscais constataram que as aves não possuíam anilhas, pequenas argolas de identificação utilizadas para o controle e registro individual dos animais criados de forma regularizada. Diante da irregularidade, foram apreendidos os pássaros e todas as gaiolas encontradas no local. O responsável foi autuado em R$ 3 mil e poderá responder por infração ambiental, conforme prevê a legislação federal que protege a fauna silvestre.

Entre os animais resgatados estavam dois pintassilgos (Spinus magellanicus), dois tico-ticos (Zonotrichia capensis), um trinca-ferro (Saltator similis) e um coleira papa-capim (Dolospingus fringilloides) – espécies muito visadas por criadores ilegais e traficantes de animais silvestres por conta do canto característico e do valor comercial no mercado clandestino.

As aves foram encaminhadas a um centro de triagem credenciado pelo IAT, onde passarão por uma avaliação veterinária completa. O objetivo é verificar o estado de saúde, nível de domesticação e capacidade de readaptação ao ambiente natural. Conforme os resultados, os técnicos decidirão se elas poderão retornar à natureza ou se deverão ser destinadas a criadouros legalizados, que possuem estrutura adequada para o manejo e bem-estar das espécies.

A fiscalização integra o trabalho permanente do IAT de proteção da fauna paranaense, que inclui campanhas educativas, denúncias via ouvidoria e operações conjuntas com as polícias ambientais. O órgão reforça que manter aves silvestres em cativeiro sem autorização é crime ambiental, passível de multa e detenção.