A administração municipal apresentou uma prestação de contas a representantes da sociedade e da imprensa local, no anfiteatro da Prefeitura. Com auxílio do setor de contabilidade, o prefeito Fernando Scanavaca mostrou ao público avanços que totalizaram R$ 47 milhões economizados, como a redução de 46,9% nas despesas com material de consumo, comparando custos de janeiro a setembro deste ano (R$ 14,8 milhões) com o mesmo período em 2024 (R$ 28 milhões).
“Esse era um compromisso que eu assumi, de mostrar à população o que estamos fazendo à frente da administração. Fizemos aquela primeira apresentação com 100 dias e agora, com nove meses, essa prestação de contas para que todos tenham um parâmetro em relação aos nove primeiros meses de 2024”, explicou, diante da maioria dos vereadores da Câmara Municipal, secretários municipais, presidentes de entidades, associações representativas e lideranças da sociedade.
Outro grande percentual (73,7%) foi economizado com a aquisição de peças de veículos, reduzindo os gastos de R$ 3 milhões no ano passado para R$ 800 mil em 2025. “Além disso, economizamos 64% das despesas com manutenção da frota de veículos, baixando os custos de R$ 1,3 milhão para R$ 500 mil”, acrescentou o prefeito.
Scanavaca destacou economia de R$ 32 milhões em custeio (11% a menos que no ano passado, no mesmo período) e de R$ 14,4 milhões em outros setores, uma queda de 2,61% sem considerar a correção inflacionária – o que aumentaria o índice.
Em nove meses foram repassados mais de R$ 10 milhões para entidades socioassistenciais que atendem idosos, crianças e adolescentes, autistas, pessoas com deficiência e em situação de rua, entre outros segmentos. De janeiro a setembro foram investidos R$ 215 milhões na saúde (mais de 40% das receitas) e R$ 48 milhões em obras e aquisições de bens e serviços.
“A saúde realizou quase 900 mil exames clínicos, 233 mil consultas na atenção primária, 73 mil consultas especializadas e investiu R$ 121 milhões em média e alta complexidade”, destacou o prefeito.
A prestação de contas teve ainda uma apresentação de investimentos por secretaria, onde se destaca a saúde (40% das receitas), educação (18,9%), obras (6,59%), serviços públicos (4,27%), segurança e trânsito (3%), além de encargos gerais (7,2%) e demais secretarias (10,3%) e previdência dos servidores (6,5%).
No período, a atual gestão economizou mais de R$ 5 milhões com pagamento de comissionados, gratificações, subsídios, horas extras e diárias, R$ 13,1 milhões com material de consumo – redução de 46% –, mais de R$ 4 milhões com combustíveis, material de expediente, de limpeza e higienização e manutenção de bens móveis e imóveis.
Houve grande redução de custos (R$ 10 milhões) com material elétrico e eletrônico, sementes e mudas, peças de veículos, manutenção de estradas e demais materiais e R$ 1,4 milhão foi economizado com material de distribuição gratuita (cestas de alimentos, medicamentos, etc.).
Mais R$ 19 milhões foram poupados com prestação de serviços por pessoas jurídicas – envolvendo serviços técnicos, locação de máquinas e equipamentos, bens móveis e imóveis, manutenção de veículos, alimentação, energia, água e esgoto na educação e saúde, treinamentos e média e alta complexidade na saúde, entre outros.
Por outro lado, os investimentos aumentaram R$ 10,6 milhões, ao passo que o pagamento de juros e amortizações da dívida pública aumentou R$ 2,8 milhões na comparação dos os primeiros nove meses do ano passado.
Aumentou 13,8% o volume de recursos aplicados em obras gerais (com R$ 30,1 milhões a mais) e também em ruas, logradouros e estradas rurais – R$ 9,7 milhões a mais que em 2024, somando 84,65% de crescimento) e também em equipamentos e material permanente, veículos de tração mecânica e equipamentos de processamento de dados (quase R$ 23 milhões).
A Prefeitura investiu R$ 3,4 milhões na desapropriação dos boxes da rodoviária velha e R$ 700 mil em um terreno para instalação de indústria de gás, no distrito de Lovat. O secretário de Obras, Renato Caobianco, apresentou também um projeto de ampliação da drenagem pluvial que vai eliminar o problema do alagamento na região central, com investimento de R$ 16,5 milhões em recursos do governo do Estado a fundo perdido (sem financiamento).