Policial Caso Icaraíma
Polícia Civil esclarece pontos sobre investigação dos quatro homens mortos em Icaraíma
Delegacia rebate críticas, explica sigilo nas investigações e detalha histórico criminal de alguns envolvidos no caso
05/11/2025 17h00
Por: Alex Miranda
Arquivo - Tribuna Hoje News

A Polícia Civil do Paraná divulgou novos esclarecimentos sobre o caso dos quatro homens encontrados mortos no município de Icaraíma, no Noroeste do Estado. As respostas, encaminhadas à imprensa nesta quarta-feira (5), abordam dúvidas sobre o histórico criminal dos envolvidos, o andamento das investigações e o sigilo imposto ao processo.

De acordo com a corporação, dois dos homens mortos chegaram a ter passagens anteriores pela polícia. “Consta que foram presos Rafael (em 2005, 2007, 2008 e 2010) e Robishley (em 2022). Em relação a Diego, não há registro de prisão, apenas os apontamentos já informados”, diz a nota.

Questionada sobre o motivo de divulgar o histórico criminal das vítimas e suspeitos somente agora, a Polícia Civil explicou que o levantamento foi feito a partir da evolução das investigações, que indicaram a necessidade de analisar possíveis conexões com o crime organizado. Segundo o comunicado, surgiu a hipótese de que a motivação para os homicídios poderia ir além de um desacerto comercial envolvendo uma propriedade rural em Vila Rica, incluindo negócios ilícitos entre as partes.

“O levantamento histórico tem o objetivo de confirmar ou afastar qualquer vínculo criminoso entre autores e vítimas. Neste momento, não é possível afirmar que existia essa relação, mas tudo está sendo apurado dentro das investigações”, informou a Polícia Civil.

Sobre o momento das mortes e a dinâmica dos fatos, a corporação destacou que a definição exata dependerá da conclusão dos laudos periciais. “Não é possível indicar com precisão essas informações sem a análise conjunta dos laudos, sob pena de divulgar dados que não correspondam à verdade. A Polícia Civil aguarda a conclusão de todos os laudos para formar sua convicção”, diz o texto.

Em resposta a críticas sobre o suposto sigilo e a demora na apuração do caso, a instituição afirmou que o sigilo é uma medida necessária para o êxito das investigações e que o tempo de conclusão varia conforme a complexidade de cada ocorrência. “Há investigações de homicídios que duraram um, dois ou mais anos e foram bem-sucedidas, culminando na prisão dos autores. Cada caso tem suas peculiaridades, e não é possível fixar um prazo determinado”, reforçou a nota.

A Polícia Civil ressaltou ainda que o trabalho segue com diligências, análise de provas e cooperação entre setores periciais, visando elucidar completamente o crime e garantir a responsabilização dos envolvidos.