A Prefeitura de Umuarama está atenta à situação de um grupo de indígenas que chegou à cidade, nos últimos dias, e ocupou parte das instalações da Praça da Bíblia e da antiga rodoviária, que está isolada por tapumes desde que foi desocupada para a revitalização. A Secretaria Municipal de Assistência Social monitora as famílias, a maioria delas com crianças pequenas, que estão acomodadas de forma precária em barracas e colchões.
Durante o dia os indígenas ficam dispersos pela cidade, vendendo artesanato e pedindo doações da população (principalmente alimentos e dinheiro). Ao final da tarde se juntam para dormir na rodoviária e na praça. A secretária de Assistência Social, Maria Luisa Bertoco, informou que os visitantes são atendidos com café da manhã e encaminhamentos no Centro Pop.
Na maioria provenientes de aldeias das regiões de Manoel Ribas e Nova Laranjeiras, eles se movimentam por todo Estado nesta época do ano. “As famílias trazem suas crianças, que agora estão em férias escolares. Por conta da Constituição Federal, o município não pode interferir nesta situação, apenas oferecer apoio por meio da rede de assistência, mas nem sempre eles aceitam”, explicou a secretária.
De acordo com Maria Luisa, os indígenas viajam por meios próprios e a permanência na cidade depende do desempenho das vendas do artesanato. “Se venderem tudo ou perceberem que terão dificuldade, eles se deslocam para outras regiões. Caso as vendas sejam boas eles tendem a permanecer mais tempo na cidade”, explicou.
No Centro Pop os indígenas podem tomar banho, café da manhã e se alimentar também com um lanche na parte da tarde. Além disso, são identificados por meio de documentos para o referenciamento e contato com os caciques, quando há necessidade.
“Qualquer medida de apoio que a administração ofereça pode ser aceita ou não pelos indígenas, que têm direitos constitucionais reconhecidos como povos originários. Caso solicitem algum auxílio, o município está à disposição”, completou a secretária.