A Fundação Cultural de Umuarama recebe nesta semana uma exposição do artista plástico Márcio Costa, fundador da Sopro Ateliê de Cerâmica. O empreendimento nasceu de um sonho antigo do arquiteto, professor universitário, muralista e ceramista que há 15 anos atua na arquitetura e há 12 dedica-se também ao ensino superior.
Com um olhar sensível para o tempo, o movimento e a transformação — princípios que regem tanto a vida quanto a arte da cerâmica —, Márcio Costa criou o ateliê como um espaço de criação, partilha e aprendizado.
“Há 10 meses, o ‘Sopro’ tem sido um ponto de encontro para pessoas que sonham em aprender cerâmica manual. Hoje, 25 alunos, distribuídos em seis turmas, encontram ali mais do que uma prática artística: encontram escuta, afeto e pertencimento”, define o professor e artista plástico.
Segundo ele, mais do que um curso, o manuseio da cerâmica é um convite para desacelerar, tocar a matéria, ouvir o tempo da argila e experimentar o poder da transformação com as próprias mãos. “O nome ‘Sopro’ carrega esse sentido poético: um lembrete de que a vida é breve, fluida, e que cada peça moldada carrega emoções, memórias, cuidado e o sopro leve da vida em movimento”, resume.
De acordo com o chefe de Ação Cultural da fundação, professor Alessandro Salgado, cada encontro no ateliê é um abraço no tempo, um espaço onde criar é também cuidar, e onde a arte é costurada pelo afeto. “É este universo que estamos recebendo no Centro Cultural e a população está convidada a prestigiar. A entrada é gratuita”, convida ele.