Segurança Combate ao tráfico
Justiça condena integrantes de organização criminosa que agia na região de Umuarama
Cinco pessoas foram condenadas a penas de até 24 anos de prisão após investigação que revelou atuação criminosa em Iporã, Francisco Alves e Umuarama
11/07/2025 09h30 Atualizada há 5 horas
Por: Alex Miranda
Operação Cognatus foi deflagrada em maio de 2024, após meses de apuração realizada pela Promotoria de Justiça de Iporã - Arquivo/Tribuna Hoje News

O Ministério Público do Paraná (MPPR) obteve a condenação de cinco integrantes de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas na região Noroeste do Estado. A sentença, proferida pelo Juízo Criminal de Iporã, foi publicada na última terça-feira (8) e é resultado das investigações conduzidas no âmbito da Operação Cognatus, deflagrada em maio de 2024, após meses de apuração realizada pela Promotoria de Justiça de Iporã, em parceria com o setor de Inteligência da Polícia Militar.

Segundo as investigações, mesmo com alguns membros do grupo já presos à época, a organização criminosa mantinha uma estrutura ativa e bem articulada para a comercialização de entorpecentes nas cidades de Iporã, Francisco Alves e Umuarama. Familiares dos detentos, que permaneciam em liberdade, continuavam operando o esquema, garantindo a distribuição das drogas, o controle financeiro das operações e a comunicação entre os envolvidos, demonstrando que o grupo seguia operando mesmo com parte de seus líderes atrás das grades.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, foram apreendidos entorpecentes prontos para comercialização, quantias em dinheiro de origem ilícita, aparelhos celulares utilizados na coordenação das ações criminosas, anotações detalhadas sobre a movimentação do tráfico, além de materiais utilizados para o preparo e embalagem das substâncias ilegais.

As penas aplicadas pelo Judiciário variam de 9 a 24 anos de reclusão, todas a serem cumpridas em regime inicial fechado. Os réus foram condenados pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, previstos nos artigos 33, 35 e 36 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), além de dispositivos do Código Penal. As identidades dos condenados não foram divulgadas para não prejudicar outras diligências em andamento.

O Ministério Público destacou que a condenação representa um avanço importante no enfrentamento ao tráfico de drogas e à criminalidade organizada, que ainda se faz presente em áreas estratégicas do Paraná. “A atuação firme e coordenada entre os órgãos de segurança e o Ministério Público permitiu o desmantelamento de uma rede criminosa que insistia em desafiar o sistema de justiça mesmo com lideranças presas”, afirmou o promotor responsável pelo caso.

Embora caiba recurso da decisão, o MPPR ressalta que as provas reunidas ao longo do processo – incluindo interceptações telefônicas, testemunhos, perícias e materiais apreendidos – consolidam a robustez das acusações e justificam as penas aplicadas.

A Operação Cognatus segue com desdobramentos, e novas denúncias não estão descartadas. O Ministério Público reitera o compromisso com o combate ao tráfico de drogas e reforça a importância da colaboração da sociedade por meio de denúncias anônimas que contribuam com a segurança pública.