Cotidiano

Em protesto pacífico, agricultores pedem o fim de invasões em propriedades rurais de Terra Roxa e Guaíra

Os agricultores mobilizados em protesto pacífico contra o ato de invasão que ocorreu por parte dos indígenas no dia 7 de julho - O Paraná
16 de julho de 2024 17h10

Nesta terça-feira (16), um grande grupo de agricultores se reuniu na rodovia PR-496, que liga o município de Terra Roxa ao trevo da BR-272, na região onde uma fazenda foi invadida a poucos dias.

Desde a manhã os agricultores estão mobilizados em um protesto pacífico contra o ato de invasão que ocorreu por parte dos indígenas de Guaíra e inclusive de outros países como Paraguai e Argentina, no dia 7 de julho.

Diversas equipes policiais foram ao local para garantir a segurança. Não há registro de conflito até o momento.

Por outro lado, o líder indígena Okaju Karai, da tekoha Guasu Guavirá alega que o território, ocupado por povos da etnia Avá-Guarani, está sob ataque de fazendeiros desde o dia 13 de julho. “Estão rondando as aldeias que estão agora todas praticamente acuadas tanto pela Polícia e pelos fazendeiros também”, relatou.

Os indígenas reivindicam direito a 36 mil hectares de terra nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no Paraná.

Na última segunda-feira (15), foram acionados Ministérios, Secretarias, além de outros órgãos da Justiça para assegurar os direitos indígenas na região. Entre os órgãos, estão o Ministérios dos Povos Indígenas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a FUNAI.

No ofício encaminhado às autoridades, foi solicitado reforço da Força Nacional na região e a criação de uma Comissão Permanente para acompanhar eventuais conflitos em Guaíra.

Os indígenas Avá-Guarani ocupam há uma semana a Aldeia Fazenda Brilhante, em Terra Roxa. Já em Guaíra, a área de retomada fica na região da Pedreira, chamada de Aldeia de Taturi.

No Paraná, o Ministério Público, a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, a Procuradoria-Geral do Estado, a Defensoria Pública da União, a Comissão de Soluções Fundiárias do TJPR, o Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de justiça de Proteção aos Direitos Humanos, além das Prefeituras de Guaíra e Terra Roxa, foram acionados.

Uma equipe com membros do Ministério dos Povos Indígenas, da Funai e do Ministério dos Direitos Humanos se desloca nesta terça-feira até a região em conflito.