Saúde

Descarte irregular de agulhas e seringas assusta moradores em Umuarama

Assessoria/Secom
25 de julho de 2024 10h00

Diante do crescente volume de denúncias e reclamações da população quanto ao descarte incorreto de resíduos hospitalares, em especial de materiais perfurocortantes (seringas e agulhas), a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde faz um alerta: além de colocar em risco a saúde de pessoas e animais que transitam nas vias públicas que os resíduos são descartados inadequadamente, os responsáveis podem ser denunciados por crime ambiental e estão sujeitos à imposição de penalidades, no caso de estabelecimentos.

Apenas neste mês, a Covisa já recebeu três denúncias de descarte irregular de seringas e agulhas em calçadas e vias públicas – uma na área central, próximo à agência do INSS, e outras em bairros como o Jardim das Garças e o Parque Riviera. Caso se depare com esta situação, o cidadão deve entrar em contato com a Vigilância em Saúde, pelo fone (44) 3906-1145.

A orientação aos pacientes que fazem uso contínuo de medicação injetável é solicitar em sua Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência um recipiente (caixa apropriada) para desprezar o material perfurocortante e, quando estiver no limite de sua capacidade, entregar no posto de saúde.

“Para os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, que são geradores deste resíduo, é importante observar o que diz a norma regulamentadora NR32 e dar a destinação correta ao material, com a contratação de empresa especializada. O gerador é quem deve destinar corretamente esse tipo de resíduo”, informa a coordenadora da Covisa, Maristela de Azevedo Ribeiro.

Os resíduos de serviços de saúde têm características diferenciadas que demandam cuidados especiais. Além do risco de contaminação em pessoas que tenham contato com esses materiais, ele também é prejudicial ao meio ambiente e um risco para os garis, caso sejam dispensados em meio ao lixo orgânico ou junto com materiais recicláveis.

Após o suo, as seringas e agulhas podem ser armazenadas dentro de uma garrafa PET e entregue em um posto de saúde para a destinação adequada. “O problema é que estão jogando a céu aberto, em locais totalmente impróprios. A Vigilância Sanitária não tem veículo nem estrutura para esse tipo de coleta, pois não faz esse serviço. Quando recebe denúncia, o município providencia o recolhimento emergencial e tenta identificar o autor do descarte ilegal, para ser responsabilizado. Mas a apuração é difícil”, completa Maristela.

Portanto, é fundamental seguir as orientações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para evitar problemas e também a aplicação de multas e demais penalidades. Para garantir um descarte adequado dos materiais é preciso separar o lixo comum dos contaminados. Resíduos produzidos por laboratórios e hospitais podem ser classificados nas seguintes categorias: potencialmente infectantes; resíduos químicos; rejeitos radioativos; resíduos comuns; e materiais perfurocortantes.

Cada grupo oferece um tipo de risco e requer uma destinação diferenciada. Portanto, separá-los é fundamental para que seja dado o encaminhamento correto a cada um deles. Feito isso, o gerador de resíduos deve fazer o descarte nos locais adequados, utilizar sacos ou embalagens resistentes, observar os cuidados no manejo e contratar uma empresa de coleta especializada.