Educação

Apresentações de grupo de dança do Colégio Estadual do Paraná chegam a Umuarama

Thiago Fernandes/AEN
13 de agosto de 2024 09h00

O Grupo de Dança Contemporânea do Colégio Estadual do Paraná (Dancep) fará três apresentações gratuitas do espetáculo “A Gente se Acostuma” amanhã (quarta-feira, 14), no Centro Cultural Vera Schubert, em Umuarama, no Noroeste do Paraná. Serão duas, às 9h e às 13h30h, para alunos das redes municipal e estadual de ensino; e a terceira às 20h, aberta à comunidade.

Na terça-feira (13), o grupo promove sessões de bate-papos, oficinas para professores e pequenas apresentações em duas escolas: às 8h30, no Colégio Estadual Bento Mossurunga, e às 14h, no Colégio Estadual Professora Hilda T. Kamal. “Nosso objetivo é compartilhar experiências com professores, até para que se sintam motivados a implementar a dança nas escolas do Interior, como forma de arte e de transformação”, disse o professor Fernando Nascimento, criador do Dancep.

Atualmente, o grupo, que começou nos corredores do colégio em 2011, conta com cerca de 500 estudantes, que integram as aulas com as atividades no contraturno escolar e aos sábados. A apresentação faz parte do projeto de intercâmbio cultural “Interações em Movimento”, desenvolvido há dez anos com a ideia de levar o trabalho para o Interior e para formação de plateias.

“Quando a gente chega aos municípios, principalmente os menores, muitas vezes ficamos sabendo que este é o primeiro contato daquele público com um espetáculo de dança. Isso é gratificante para nós e para os nossos alunos/bailarinos, que também aprendem muito com essa troca”, conta Fernando.

ESPETÁCULO

“A Gente se Acostuma” tem 44 bailarinos, entre alunos e professores. Dirigido e coreografado por Fernando Nascimento, o espetáculo surgiu, segundo o professor, de diálogos, abraços, lágrimas e olhares dos estudantes, que compartilharam suas emoções e visões do mundo entre as aulas e as produções. “Inspirado no texto ‘Eu sei, mas não devia’, da renomada escritora e jornalista ítalo-brasileira, Marina Colasanti, a obra serve como fonte de reflexões sobre aquilo a que as pessoas se acostumam, mas que não deveriam”, diz.

As temáticas que envolvem o enredo são delicadas, como preconceito, solidão, rotina do trabalho, corrupção, fome, miséria, desespero, busca por posses e a falta de tempo. Experiências traduzidas na força dos movimentos, mas que, ao longo da apresentação, são transformadas em danças que remetem à paciência, tolerância e às diversas formas de amar. 

O espetáculo busca, sobretudo, respeitar o que há de mais precioso na vida: a dignidade em ser quem e como se é, e é um convite para o público refletir sobre a beleza que machuca, o movimento que faz sentir e se acostumar a dançar para melhorar a vida.