O deputado estadual Ney Leprevost (União), presidente da Comissão de Obras, Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa do Paraná, encaminhou um expediente oficial à Secretaria da Fazenda solicitando duas medidas importantes relacionadas à tributação sobre veículos de duas rodas: a manutenção da isenção do IPVA para motocicletas de até 170 cilindradas e a realização de estudos técnicos para ampliar o benefício a todas as motocicletas, independentemente da cilindrada, a partir de 2026.
De acordo com o parlamentar, as motocicletas têm papel essencial no cotidiano de milhares de trabalhadores paranaenses, especialmente os de baixa renda, que usam o veículo como único meio de transporte ou como ferramenta de trabalho. “A moto é ferramenta de sustento para motoboys, motofretes, entregadores, pequenos comerciantes e autônomos. Manter e ampliar a isenção do IPVA é uma medida justa, que fortalece a economia popular e valoriza quem trabalha sobre duas rodas”, declarou Leprevost.
Outro argumento apresentado pelo deputado é o baixo impacto das motocicletas na malha viária. Por serem veículos leves, as motos geram mínimo desgaste ao asfalto, o que enfraquece o principal argumento da cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): o financiamento da conservação das rodovias.
A política de isenção do IPVA para motos de até 170 cilindradas, implementada pelo governador Ratinho Júnior em 2025, já representa um importante alívio financeiro para milhares de famílias no estado. Leprevost avalia que a continuidade e ampliação dessa política vão além de um benefício fiscal. Segundo ele, trata-se de uma medida de justiça tributária, de inclusão social e de respeito às condições reais da população trabalhadora.
“Quem utiliza uma moto para trabalhar está diariamente se expondo ao trânsito, à violência urbana, ao clima e a tantos outros desafios. É alguém que luta para colocar comida na mesa da família. Desonerar esse cidadão é reconhecer essa realidade e agir com sensibilidade social”, afirmou o deputado.
A proposta foi bem recebida por representantes de categorias profissionais ligadas ao setor de entregas e transporte individual, que veem na medida uma forma concreta de apoio do poder público à sua atividade. A expectativa é que o governo estadual analise a viabilidade da ampliação da isenção e leve em conta o impacto positivo na mobilidade urbana, na geração de renda e no aquecimento da economia local.
Agora, a proposta segue em análise técnica pela Secretaria da Fazenda, e a mobilização política deve continuar nos próximos meses para garantir que a ideia se transforme em realidade a partir de 2026.
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