Umuarama e Altônia, no Noroeste do Paraná, foram alvos de uma grande operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (19). A ofensiva, batizada de Operação Arco Sul, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com ramificações nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), da Polícia Militar e de unidades especializadas como o BAEP e o TOR, foram mobilizados 110 policiais federais e 32 agentes estaduais. No total, a Justiça autorizou 24 mandados de prisão temporária e 20 de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens avaliados em R$ 50 milhões, medida voltada para enfraquecer o poder financeiro da quadrilha.
Em Umuarama, a movimentação de viaturas chamou a atenção dos moradores logo nas primeiras horas da manhã, quando os agentes se dividiram para cumprir ordens judiciais em diferentes bairros. Em Altônia, a atuação se concentrou em imóveis apontados como pontos estratégicos para o grupo criminoso.
As investigações começaram em Ribeirão Preto (SP), após a apreensão de 64 quilos de pasta base de cocaína, no dia 25 de abril, em Nova Olímpia, cidade vizinha de Umuarama. Na ocasião, a droga estava escondida em um fundo falso de uma caminhonete S10 abordada pela Polícia Rodoviária Estadual com apoio do Canil do 25º BPM. O flagrante foi considerado decisivo para identificar a logística do tráfico e impulsionar a operação deflagrada hoje.
Além das cidades paranaenses, mandados também foram cumpridos em Mundo Novo (MS), Cascavel, Londrina, Maringá e Ribeirão Preto (SP), onde a 5ª Vara Criminal Federal expediu as ordens judiciais.
Segundo a PF, desde o início das investigações, em 2024, a operação já resultou em 13 flagrantes, 18 prisões e na apreensão de 918 quilos de cocaína e 1.150 quilos de maconha. O principal alvo, apontado como líder da organização e procurado pela Interpol, segue foragido.
Os investigados deverão responder por associação para o tráfico, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, crimes que somados podem ultrapassar 35 anos de prisão. O nome da operação faz referência ao “Arco Sul”, rota utilizada por organizações criminosas para escoar grandes carregamentos de entorpecentes pela América do Sul.
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