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Casal é condenado em júri popular por tentativa de feminicídio em Paranavaí

Vítima sobreviveu a 16 facadas desferidas pela atual parceira do agressor e ficou com sequelas permanentes

20/08/2025 às 11h33
Por: Alex Miranda
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Ilustrativa
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O Tribunal do Júri de Paranavaí (120 quilômetros de Umuarama) condenou ontem (terça-feira, 19) um casal acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-mulher do homem, em um crime que chocou a cidade em outubro do ano passado. A decisão atendeu denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 3ª Promotoria de Justiça local.

O homem, de 59 anos, foi sentenciado a 25 anos, 5 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, pelos crimes de feminicídio tentado e perseguição (stalking). Já sua atual companheira, considerada coautora do crime e também responsabilizada por lesão corporal, recebeu 18 anos, 6 meses e 6 dias de reclusão em regime fechado, além de 4 meses e 10 dias de detenção em regime aberto. Ambos estavam presos preventivamente e seguirão detidos para o cumprimento imediato das penas.

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu no dia 22 de outubro de 2024, na residência da vítima, localizada no Jardim Fazenda Simone. Na ocasião, o réu invadiu a casa e iniciou as agressões físicas. Enquanto segurava a ex-companheira, sua atual parceira desferiu 16 facadas, deixando a vítima em estado gravíssimo. Ela só sobreviveu devido ao rápido atendimento médico, mas ficou com sequelas permanentes.

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A irmã da vítima também foi atacada ao tentar intervir e acabou ferida com duas facadas, embora sem risco de morte. Após o ataque, o casal fugiu, mas foi localizado e preso ainda no mesmo dia.

O MPPR destacou que o crime foi cometido de forma cruel, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, as investigações revelaram que o homem mantinha uma conduta de perseguição constante contra a ex-mulher, configurando o crime de stalking. Ele a vigiava, fazia ameaças, invadia sua liberdade de locomoção e buscava causar sofrimento psicológico. O agressor já tinha condenação anterior por violência doméstica contra a mesma vítima.

Na avaliação do promotor de Justiça Fábio Camargo Neves, responsável pelo caso, a condenação representa uma resposta firme da Justiça contra a violência de gênero. “A sentença reafirma a importância da proteção às mulheres e demonstra que o sistema de Justiça está atento e comprometido com o combate à violência doméstica e ao feminicídio tentado”, declarou.

O caso reforça a gravidade da violência contra a mulher no Paraná, onde o Ministério Público e órgãos de segurança vêm intensificando ações de enfrentamento a esse tipo de crime.

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