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Julgamento adiado dá sobrevida a Lucas Grau, que depende da Justiça para manter mandato

Sessão que decidirá futuro do vereador de Umuarama foi transferida para 3 de setembro pelo Tribunal Regional Eleitoral

20/08/2025 às 16h30
Por: Alex Miranda
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Arquivo - Tribuna Hoje News
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O vereador Lucas Grau (NOVO) ganhou um novo prazo antes de ter seu futuro político definido. O julgamento que poderia confirmar a perda de seu mandato na Câmara Municipal de Umuarama, marcado inicialmente para esta quarta-feira (20), foi retirado da pauta virtual do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e remarcado para a sessão presencial do dia 3 de setembro. A decisão foi tomada pela desembargadora eleitoral Tatiane de Cassia Viese, relatora do processo.

O parlamentar foi cassado em primeira instância após denúncia apresentada pelo PSB, que acusou o partido NOVO de fraude na cota de gênero durante as eleições municipais de 2024. De acordo com a ação, a candidata Juliana Clara Mônico teria sido registrada apenas para cumprir a exigência legal de 30% de candidaturas femininas, sem de fato participar da disputa. Conhecida como “candidatura laranja”, a prática levou à anulação dos votos do partido e, por consequência, à cassação do cargo ocupado por Grau.

A decisão foi proferida pela juíza Sandra Lustoza, da 89ª Zona Eleitoral, que considerou procedente a denúncia. Caso o TRE-PR mantenha a sentença, a cadeira de Lucas Grau será assumida por Washington Guirão (PSB), vereador entre 2013 e 2016.

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Com 1.906 votos obtidos nas últimas eleições, Grau tem defendido sua permanência no Legislativo. Em publicações nas redes sociais, classificou a cassação como “fake news” e reforçou sua confiança na Justiça e na fé pessoal. O advogado do PSB, Rafael Marchiani Paião, por sua vez, afirmou que a decisão de primeira instância foi clara e que espera a confirmação da cassação pelo Tribunal.

Embora ainda sem julgamento definitivo, o recurso do NOVO tem efeito suspensivo, permitindo que Grau permaneça no cargo até o fim do processo. Caso a decisão seja mantida pelo TRE-PR, a defesa ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, o que deve prolongar a disputa judicial.

O caso reacende o debate sobre a efetividade das cotas de gênero e a necessidade de mecanismos mais rigorosos de fiscalização para coibir fraudes eleitorais. Especialistas apontam que o uso de candidaturas fictícias enfraquece a política de inclusão feminina e distorce o equilíbrio democrático previsto pela legislação.

Assim, até o julgamento do próximo mês, Lucas Grau mantém sua cadeira, mas seu destino político segue em aberto e diretamente condicionado ao entendimento da Justiça Eleitoral.

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