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Trabalho da Polícia Penal promove reintegração social em Umuarama e região

O objetivo é fortalecer vínculos familiares, regularizar documentos, educar, profissionalizar e colocar indivíduo de volta no mercado de trabalho

11/09/2025 às 14h30
Por: Alex Miranda
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PPPR
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O Complexo Social da Polícia Penal do Paraná (PPPR) de Umuarama tem se consolidado como referência no apoio a pessoas monitoradas e em cumprimento de penas alternativas, prestando suporte em várias frentes para promover a reintegração social. A unidade reúne o Escritório Social, a Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap) e o Núcleo de Atendimento a Pessoas Monitoradas (Nupem).

“O objetivo é o fortalecimento de vínculos familiares, regularização de documentos pessoais, educação, profissionalização e retorno ao mercado de trabalho, refletindo diretamente na redução da reincidência criminal. Assim, egressos e monitorados têm maiores possibilidades de reintegração social”, explica o coordenador regional da Polícia Penal em Umuarama, Arnobe Lemes dos Reis.

O trabalho também alcança os pré-egressos ainda dentro das unidades prisionais. Seis meses antes da progressão de regime, equipes iniciam o levantamento de informações sobre documentos, vínculos familiares e perspectivas de vida, preparando o retorno ao convívio social. Só no último período, mais de 1.400 pessoas passaram por esse acompanhamento.

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Em agosto, os três Complexos Sociais sob coordenação da Regional de Umuarama registraram 1.569 atendimentos na área de alternativas penais. No Nupem, foram aproximadamente 6.800 atendimentos a monitorados e familiares.

A assistente social Gisely Medina, que coordena o Complexo na Regional e responde por 16 comarcas, reforça que o trabalho é voltado para a transformação. “Nossa meta inegociável é desenvolver essa pessoa. Temos o foco em transformar erros em oportunidades de mudança – e a sociedade também ganha com os investimentos em ressocialização. Colocamos 100% dos monitorados que desejam no mercado de trabalho através das empresas privadas e de convênios municipais”, destacou.

Atividades como rodas de leitura, oficinas de pintura em tela e grupos reflexivos sobre saúde e cidadania também fazem parte da rotina dos atendimentos, oferecendo novos horizontes para monitorados e egressos.

PARANÁ

Atualmente, os Complexos Sociais da PPPR prestam atendimento a mais de 18 mil monitorados e a cerca de 6 mil pessoas em cumprimento de medidas alternativas em diferentes regiões do Estado.

Na Ciap, por exemplo, os atendimentos se organizam em três eixos: prestação de serviços à comunidade, aplicada a crimes mais leves; grupos reflexivos de violência doméstica, que já apresentam índice de 100% de não reincidência; e atividades voltadas à dependência de álcool e drogas, realizadas em dez encontros. Um novo programa sobre violência no trânsito deve ser iniciado em breve.

Já no Nupem, o acompanhamento inclui atendimento individual, reuniões com familiares, oficinas educativas e encaminhamentos para cursos e oportunidades de emprego.

Para o coordenador dos Complexos Sociais da Polícia Penal no Estado, Rodrigo Fávaro, essas iniciativas representam uma política pública essencial. “Mais do que fiscalizar o cumprimento das medidas judiciais impostas, a Ciap e o Nupem desenvolvem ações voltadas à inserção social, fundamentadas nos princípios da responsabilização e da cidadania. Os municípios de Umuarama e Cruzeiro do Oeste destacam-se como exemplos expressivos na implementação de políticas penais inovadoras, alinhadas à redução do superencarceramento e ao enfrentamento da reincidência prisional”, afirma.

As ações são desenvolvidas em parceria com universidades, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho da Comunidade, empresas privadas, Sine, Senar, Senac e secretarias municipais. A rede garante acesso a cursos de capacitação, políticas públicas e oportunidades formais de emprego.

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