Noite de terror: vítima de 43 anos sofre cárcere e espancamentos em Perobal

Uma mulher de 43 anos foi vítima de mais um grave episódio de violência doméstica no distrito de Cedro, em Perobal, durante o último fim de semana. Auxiliar de produção afastada por problemas de saúde, ela mantinha um relacionamento de dois anos e meio com um motorista de 35 anos, marcado por constantes agressões físicas e psicológicas.

Em entrevista ao Tribuna Hoje News, a mulher relatou que já havia sido espancada em outras ocasiões, chegando a ter um dos braços quebrado. Apesar do histórico de violência, dizia perdoar o agressor por compaixão, já que ele não possuía familiares no Paraná e alegava não ter onde morar. “Eu sentia pena dele, mas agora percebi que estava colocando em risco a minha vida e a do meu filho”, desabafou.

O episódio mais recente ocorreu no sábado (27), por volta das 20h30. Após consumir álcool, o homem iniciou uma série de agressões, desferindo socos e chutes que provocaram lesões nos braços, pernas, costas, coxas e cabeça da companheira. O ataque aconteceu diante do filho da vítima, de apenas 9 anos, além do cunhado do agressor e sua esposa, que também estavam na casa.

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Vizinhos escutaram os gritos e acionaram a Polícia Militar. Porém, ao notar a aproximação da viatura, o motorista manteve todos dentro da residência, mantendo-os em cárcere até a manhã seguinte. Somente no domingo (28) a mulher conseguiu sair com o filho e buscar ajuda. Quando retornou ao imóvel, constatou que o agressor havia fugido com os demais presentes. Ela então trancou a casa e decidiu não voltar mais.

Em busca de proteção, procurou a Delegacia de Polícia Civil de Umuarama, onde foi orientada a realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). O homem já foi identificado e será investigado por cárcere privado e violência doméstica. A vítima aguarda medidas protetivas e apoio da rede de enfrentamento à violência contra a mulher.

A denúncia marca um passo decisivo para romper o ciclo de agressões. O caso serve de alerta para que outras mulheres em situações semelhantes não deixem de procurar ajuda.