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“Marialva” é condenado a mais de 20 anos de reclusão por homicídio em Umuarama

Réu teria cometido o crime motivado pelo tráfico de drogas no Jardim Alvorada, onde ocultou o cadáver da vítima

07/10/2025 às 11h00
Por: Alex Miranda
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Alex Miranda
Alex Miranda

Condenado a 20 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado, Gederson Neves de Brum, de 33 anos, conhecido pelo apelido de “Marialva”, foi julgado no Fórum de Umuarama e deverá cumprir sua pena na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, em um caso que chocou a população pela crueldade e brutalidade com que foi cometido.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), a vítima, Rosinei Monteiro, foi assassinada na noite de 20 de outubro de 2023, no Jardim Alvorada, em Umuarama. Conforme as investigações, o réu espancou Rosinei com vários socos na cabeça e, em seguida, o asfixiou com um lençol, causando sua morte. Após o crime, Gederson arrastou o corpo até um córrego nos fundos do bairro, onde tentou escondê-lo para dificultar as investigações.

A motivação do homicídio seria uma dívida relacionada ao tráfico de drogas. Segundo o MPPR, a vítima teria adquirido entorpecentes com Gederson e sua companheira e não havia quitado o valor devido. Para a promotoria, o assassinato foi cometido por motivo torpe, com meio cruel e asfixia, três qualificadoras que agravam a pena. Além disso, o réu também foi condenado por ocultação de cadáver, prevista no artigo 211 do Código Penal.

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Desde sua prisão, ainda em outubro do ano passado, o acusado permanecia detido na cadeia pública de Umuarama. O júri popular, realizado na Vara Criminal, foi conduzido por um juiz e contou com sete jurados, que deliberaram após ouvir os depoimentos das testemunhas, a defesa e a acusação. A sessão durou o dia inteiro devido à complexidade do caso e às circunstâncias violentas do crime.

Durante o julgamento, o Ministério Público reforçou que a execução de Rosinei foi planejada e motivada por um sentimento de vingança e intimidação, prática comum em disputas ligadas ao tráfico local. A defesa de Gederson tentou desqualificar as provas e alegou ausência de intenção de matar, mas os jurados seguiram integralmente o entendimento da acusação.

A sentença reafirma o compromisso da Justiça em punir crimes motivados pelo tráfico e pela violência extrema, que seguem preocupando os moradores de Umuarama e da região Noroeste. O caso, que gerou grande comoção no Jardim Alvorada, é lembrado como um dos episódios mais brutais registrados na cidade em 2023.

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