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A Polícia Civil de Umuarama divulgou novas informações sobre o andamento das investigações que apuram o assassinato de quatro homens em Icaraíma. O caso, que chocou a região, envolve três vítimas oriundas de São Paulo – identificadas como Diego Henrique Affonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira – e o paranaense Alencar Gonçalves de Souza Giron. Os quatro estiveram em Icaraíma para cobrar uma dívida, mas acabaram mortos em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.
O crime, ocorrido em setembro, teria ligação com desentendimentos financeiros entre as vítimas e os investigados Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Buscariollo (pai e filho), ambos residentes na região. Segundo as apurações, o grupo de paulistas chegou a Icaraíma em dois veículos, e o encontro com os suspeitos terminou em violência extrema. Após o desaparecimento, os corpos foram localizados em uma área rural, com indícios de execução.
Em resposta a questionamentos sobre o andamento da investigação, a Polícia Civil de Umuarama informou que não há um novo inquérito aberto, mas apenas um processo principal com medidas cautelares apensadas, mantidas em sigilo. Segundo o órgão, as diligências ainda estão em andamento, e o sigilo é necessário para preservar a eficácia das investigações. A instituição ressaltou que essa prática está em conformidade com a Súmula Vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal, que autoriza a restrição de acesso enquanto as ações estiverem em curso.
A defesa dos irmãos Buscariollo, representada pelo advogado Renan Farah, afirma ter enfrentado dificuldades para acessar integralmente os autos. A Polícia Civil, no entanto, reiterou que o sigilo se limita às medidas cautelares ainda não concluídas.
A corporação também apresentou os históricos policiais das vítimas e dos suspeitos. Antônio Buscariollo tem registro por posse ilegal de arma de fogo em 2018, enquanto Paulo Ricardo Costa Buscariollo não possui antecedentes. Já entre as vítimas, constam múltiplos registros em delegacias de São Paulo. Diego Henrique Affonso, por exemplo, respondia a processos por estelionato, ameaças e violência doméstica. Rafael Marascalchi possuía anotações por ameaça, tráfico de drogas e tentativa de homicídio, enquanto Robishley Oliveira tinha histórico de estelionato, dano e embriaguez ao volante. Apenas Alencar Giron não possuía registros anteriores.
De acordo com a Polícia Civil, o caso envolve um grande volume de informações colhidas durante a apuração, o que tem demandado um trabalho conjunto de diversas equipes. Foi criada uma força-tarefa com analistas de dados e investigadores do Grupo de Diligências Especiais (GDE) de Umuarama, que analisam material apreendido, comunicações telefônicas e dados periciais.
Apesar do esforço concentrado, a polícia ainda não definiu prazo para a conclusão das investigações, consideradas complexas devido à quantidade de provas e à repercussão do crime. O inquérito segue em andamento e novas diligências estão sendo realizadas para esclarecer as circunstâncias e a motivação dos homicídios múltiplos que abalaram a pequena cidade de Icaraíma.
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