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Na madrugada de hoje (7), na Rua Jandaia, em Umuarama, o casal Muriel Pereira de Oliveira e Talita Letícia Duarte dos Santos foi alvo de uma “saraivada de balas” numa ação que estaria relacionada ao histórico criminoso de ambos.
A Polícia Civil investiga o duplo homicídio violento, verificando inicialmente que um homem encapuzado invadiu a residência do casal por volta de 4h40 e abriu fogo dentro e em frente ao imóvel.
As investigações ainda não identificaram os suspeitos ou motivação definida. No momento, todas as linhas estão sendo consideradas, incluindo vingança por acerto de contas no tráfico ou desdobramentos de crimes anteriores cometidos pelas vítimas.

O casal possuía registros criminais extensos. Muriel acumulava passagens por homicídio qualificado nos anos de 2001, 2004, 2023 e 2024, além de atuar em roubos majorados, furtos qualificados, posse ilegal de arma, corrupção ativa, lesão corporal, ameaça e tráfico de drogas — a maior parte dos registros ocorreu entre Campo Mourão e Umuarama.
Talita Letícia, por sua vez, tinha antecedentes por homicídio qualificado em 2024, também em Campo Mourão, e havia recentemente se estabelecido em Umuarama com Muriel.
Ainda, Muriel havia deixado o sistema prisional cerca de 30 dias antes do crime e usava tornozeleira eletrônica. Já Talita, segundo vizinhos, estaria grávida de cerca de 11 semanas no momento da execução.
A cena do crime evidenciou crueldade: o autor, após invadir o quintal da residência, teria confundido endereço, entrado num imóvel vizinho e saído; em seguida localizou a entrada do endereço de Muriel, desferindo numerosos tiros. Em seguida, forçou outra porta do mesmo imóvel, onde Talita foi atingida ainda deitada na cama. Pouco depois retornaram e ainda dispararam novamente contra Muriel. A fuga ocorreu numa motocicleta branca, segundo a Polícia Militar do Paraná.

As equipes da Polícia Civil e Polícia Militar isolaram o local para perícia, e os corpos foram removidos ao Instituto Médico-Legal (IML) de Umuarama. A Divisão de Homicídios já trabalha com imagens de câmeras de segurança, oitivas de testemunhas e diligências em várias frentes.
O crime chocou a comunidade pela violência extrema – mais de 20 disparos foram contabilizados somente no corpo de Talita. Em uma cidade de porte médio como Umuarama, casos desse tipo reacendem o debate sobre a escalada da violência ligada ao tráfico de drogas e à impunidade de crimes graves.
A motivação real ainda segue sob investigação. A polícia não descarta que esse sangue possa estar ligado a antigos desafetos, ajustes de contas ou a retaliação pelo histórico criminoso do casal. Aguardam-se agora imagens que possam identificar a motocicleta usada, retratos dos ocupantes e demais provas que viabilizem prisão e responsabilização.
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