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O relógio marcava o meio da tarde de segunda-feira (10), quando a Prefeitura de Maria Helena lançou um comunicado que interrompeu a rotina tranquila da cidade. O motivo: um novo aumento de casos de Covid-19. Em apenas alguns dias, 14 novas infecções foram confirmadas, acendendo o alerta nas autoridades de saúde e trazendo de volta uma sensação que muitos acreditavam superada – a da incerteza diante de um vírus que, silenciosamente, volta a circular.
Desde a última quinta-feira (6), os números vêm subindo. Pequenos sinais – um atendimento a mais nas unidades de saúde, uma tosse insistente aqui, uma febre ali – evoluíram para uma curva de crescimento que a Secretaria Municipal de Saúde não quis ignorar. Em resposta, a prefeitura decidiu reforçar as medidas de prevenção, tentando frear o que pode ser o início de uma nova onda de contaminações.
O comunicado oficial orienta os moradores a voltarem a usar máscaras em ambientes fechados, evitar aglomerações e redobrar a higienização das mãos com álcool 70%. A recomendação é clara: a prevenção voltou a ser prioridade. Também foi feito um apelo à atualização das vacinas, especialmente das doses de reforço, consideradas essenciais para conter o avanço do vírus e proteger os grupos mais vulneráveis.
A secretária de Saúde, Paula Aparecida Lopes dos Reis, confirmou que o foco de contaminação está concentrado em uma região específica do município. No entanto, o temor de que o vírus se espalhe rapidamente levou à decisão de ampliar o alerta para toda a cidade. “Preferimos agir antes que o problema cresça. O vírus se move rápido, e nossa resposta precisa ser mais rápida ainda”, afirmou.
Enquanto as equipes intensificam o monitoramento epidemiológico, a Secretaria de Saúde também reforçou o alerta para quem frequenta as UBSs. Embora a adesão à vacinação entre adultos seja alta, a situação entre crianças e adolescentes preocupa. A baixa cobertura vacinal infantil é vista como uma brecha perigosa. “Precisamos da colaboração das famílias. Vacinar as crianças é essencial para proteger toda a comunidade”, ressaltou a secretária.
Por enquanto, não há casos graves nem internações, mas o clima é de vigilância. A equipe municipal segue rastreando contatos e acompanhando os pacientes, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. A meta é clara: impedir que a curva de crescimento se transforme em uma nova crise.
Nas ruas, a notícia se espalha com uma mistura de cautela e apreensão. Em meio às lembranças recentes de um passado pandêmico, Maria Helena revive, ainda que discretamente, a tensão de tempos que todos gostariam de esquecer. O vírus, ao que tudo indica, não terminou sua história – e a cidade, mais uma vez, precisa se preparar para enfrentá-lo.
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