Infestação do mosquito da dengue dispara em Umuarama e preocupa autoridades de saúde

O alerta vermelho foi ligado em Umuarama. O sexto Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 3 e 7 de novembro pela Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, revelou um aumento expressivo na presença do mosquito transmissor da dengue. O índice de infestação predial (IIP) saltou de 0,6% para 2,1%, ultrapassando mais que o dobro do limite máximo de 1% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O levantamento, conduzido pelos agentes de combate a endemias (ACEs), aponta que apenas quatro regiões da cidade não apresentaram focos do mosquito. Em todas as outras áreas, os índices variaram de 0,4% a quase 7%. As UBSs Jabuticabeiras, Central, Jardim União e Jardim Panorama lideram o ranking negativo, com percentuais de 6,8%, 6,4%, 5,9% e 5,7%, respectivamente.

Para detalhar o cenário, o município foi dividido em 62 localidades, das quais 24 registraram índices considerados altos. A situação mais grave foi constatada no Jardim Panorama, onde 25,8% dos imóveis visitados apresentavam larvas do Aedes aegypti — um número classificado como “extremamente preocupante” pelos técnicos. Outras regiões críticas incluem a Praça dos Xetá (16,7%), o Parque Jabuticabeiras (14,8%), as imediações da Igreja Catedral (12,5%) e o Jardim Los Angeles (9,7%).

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Em 19 outras localidades, os percentuais oscilaram entre 1,8% e 7,7%, revelando que o mosquito está espalhado por praticamente toda a cidade.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Regiani Santos da Silva, afirmou que o momento exige atenção redobrada da população. “Além da infestação alta em várias regiões, há também intensa circulação do vírus. Já contabilizamos 587 casos positivos de dengue neste ano, de um total de 2.316 notificações feitas entre janeiro e o início de novembro”, destacou.

Diante do avanço da infestação, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou ações emergenciais nas regiões mais afetadas. Entretanto, o órgão reforça que a participação da comunidade é essencial para conter a proliferação.

“É preciso eliminar qualquer recipiente que acumule água: limpar ralos e calhas, colocar areia em pratinhos de plantas, cobrir pneus, garrafas, tambores e bacias. São medidas simples, mas que podem salvar vidas”, alertou Regiani.

Com o calor e as chuvas frequentes, o risco de novas epidemias cresce. Em Umuarama, o combate ao mosquito voltou a ser uma corrida contra o tempo — e cada morador é parte fundamental nessa batalha.