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Um boato nas redes sociais sobre uma suposta proibição da criação de tilápia no Brasil causou apreensão entre produtores e consumidores nos últimos dias. A informação, amplamente compartilhada, afirmava que o governo federal teria decidido banir o cultivo da espécie, uma das mais importantes para a piscicultura nacional. A notícia, porém, é falsa.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) esclareceu que não há qualquer proposta de proibição da criação de tilápia. O órgão explicou que a espécie foi apenas incluída em debate técnico na Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) para a atualização da Lista Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, documento que serve de referência científica para políticas públicas.
De acordo com o MMA, essa inclusão não implica banimento, proibição de uso ou de cultivo. O reconhecimento de espécies exóticas com potencial de impacto ambiental tem caráter preventivo, voltado à conservação da biodiversidade, sem alterar as autorizações já concedidas.
O Ibama, responsável por regular o cultivo de espécies exóticas no país, também confirmou que a tilapicultura continua liberada e que nenhuma restrição foi imposta às atividades do setor.
A desinformação sobre o tema levou à manifestação de autoridades e representantes do setor produtivo. Durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Paraná, a deputada Luciana Rafagnin (PT) reforçou que é preciso tranquilizar os produtores e combater as fake news. “A tilapicultura é uma atividade consolidada e importante para a economia e para a segurança alimentar. O que existe é um debate técnico, e não qualquer intenção de proibição”, afirmou.
O MMA destacou ainda que a avaliação da Conabio é colegiada e participativa, com envolvimento de 12 ministérios, além de universidades, institutos de pesquisa, agricultores familiares, pescadores e organizações ambientalistas. O processo busca equilibrar proteção ambiental e manutenção das atividades econômicas.
Assim, o governo reforça: a criação de tilápia segue autorizada em todo o país, e os produtores podem continuar suas atividades normalmente.
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