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A Polícia Civil do Paraná, por meio da Delegacia de Iporã, esclareceu o homicídio de Danilo Roger Bido Ferreira, encontrado morto em 31 de agosto de 2025 na zona rural do município. Após meses de diligências, os investigadores reuniram elementos que apontam de forma conclusiva para o envolvimento do homem preso no dia 5 de novembro, que confessou não apenas esse crime, mas também outros três homicídios supostamente cometidos na cidade.
As apurações começaram com a análise das conversas mantidas por Danilo no Instagram. Os policiais descobriram que a vítima, moradora de Toledo, havia trocado mensagens com o suspeito na semana anterior ao crime. As conversas indicavam que ambos planejavam um encontro em Iporã, para onde Danilo teria viajado no final de semana em que foi morto.
Outro elemento decisivo foi a análise de papiloscopias digitais encontradas no veículo da vítima. As impressões comparadas em laboratório resultaram em identificação positiva do investigado, que, após detido, confessou a autoria do homicídio.
Durante o interrogatório, porém, o caso ganhou contornos ainda mais graves. O suspeito afirmou ter cometido outros três assassinatos em Iporã, todos com características semelhantes: ataques com golpes de faca, especialmente no pescoço, contra vítimas em situação de vulnerabilidade. Duas delas viviam em situação de rua, e a terceira era um homem que morava sozinho. Segundo o relato do investigado, os ataques ocorreram sempre em um raio próximo à sua residência, geralmente durante a madrugada, enquanto as vítimas dormiam.
No caso do morador que vivia sozinho, o corpo havia sido encontrado em avançado estado de decomposição, sem sinais de arrombamento ou luta. À época, a Polícia Científica não constatou evidências externas de violência, e o óbito foi confirmado após avaliação clínica pela médica do Hospital Municipal de Iporã.
Com a nova confissão, a Polícia Civil solicitou à Justiça a exumação do corpo para verificar a possibilidade de morte violenta que não tenha sido identificada inicialmente. O suspeito chegou a se autodeclarar um “serial killer”, o que ampliou as diligências para confirmar a autenticidade das informações e eventuais ligações entre os casos mencionados.
Apesar das confissões, a investigação adotou cautela. A defesa e familiares do suspeito apresentaram laudo médico que comprova diagnóstico de esquizofrenia paranoide e tratamento psiquiátrico contínuo. Diante disso, os investigadores analisam se os relatos podem ter sido influenciados por delírios decorrentes do transtorno.
Em relação ao homicídio de Danilo Roger Bido Ferreira, a polícia afirma que há elementos sólidos que comprovam a autoria, reforçados pela confissão. Contudo, as apurações prosseguem para esclarecer se o crime foi cometido de forma isolada ou com possível participação de terceiros.
A Polícia Civil do Paraná reforça seu compromisso com a elucidação completa dos fatos e com a garantia de justiça às vítimas e seus familiares, mantendo todas as frentes investigativas ativas até que cada circunstância seja devidamente esclarecida.
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