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MPPR deflagra quinta fase da Operação Juros e Pólvora e investiga policiais por corrupção

Mandados foram cumpridos em Quedas do Iguaçu; um policial foi preso em flagrante e afastado das funções

16/12/2025 às 18h00
Por: Alex Miranda
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Divulgação
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O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar, deflagrou na manhã de hoje (terça-feira, 16) a quinta fase da Operação Juros e Pólvora. A ação ocorreu no município de Quedas do Iguaçu, na região Centro-Sul do estado, onde foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.

Nesta etapa da investigação, são apurados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional. Os alvos são dois policiais militares, suspeitos de terem recebido vantagens financeiras ilícitas para a prática de atos de ofício em benefício de terceiros. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar do Estado.

Durante o cumprimento dos mandados, as equipes apreenderam celulares, equipamentos eletrônicos, documentos, além de 106 munições de diferentes calibres (9 mm, .38 e .12) e 274 espoletas. Todo o material recolhido será submetido à perícia técnica e deverá subsidiar a continuidade das investigações conduzidas pelo MPPR.

Ainda no decorrer da operação, um dos policiais militares investigados foi preso em flagrante por posse de munições em desacordo com a legislação vigente. Por determinação judicial, ele também foi imediatamente afastado de suas funções na corporação. O cumprimento das medidas contou com o acompanhamento de equipes da Corregedoria da Polícia Militar das cidades de Cascavel e Londrina.

A Operação Juros e Pólvora teve início em meados de 2024, após denúncia de que um advogado de Quedas do Iguaçu estaria envolvido na venda ilegal de armas e munições, além da prática de agiotagem, com empréstimos de dinheiro e troca de cheques a juros elevados. Com o avanço das apurações, a investigação foi ampliada e passou a alcançar outros municípios, incluindo Tigrinhos, em Santa Catarina, além de envolver policiais militares, vereadores, secretário municipal, servidores e ex-servidores públicos.

 

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