Em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social, representada pela secretária Dayanne Paola Demozzi, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Umuarama realizou ontem (21), o lançamento da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher – uma ação global que propõe o debate, a sensibilização e a luta para cessar as agressões sofridas pelas mulheres em casa, no trabalho e em outros meios.
O evento foi conduzido pela presidente do CMDM, advogada Mara Ruiz, e contou com a presença de diversas lideranças, entre as quais a primeira-dama Dulce Barreiros Pozzobom, a diretora de Assistência Social, Adnetra Vieira Santana, a presente do CMDM de Cruzeiro do Oeste, Danielle Araújo Amaral, as vereadoras Cris das Frutas e Ana Novais, de representantes da Polícia Militar e da chefe da Divisão Especial da Mulher, Marcia Cristina de Souza, entre outras convidadas.
Danielle Amaral mediou um breve debate sobre feminismo e discorreu sobre como esse movimento social pode contribuir para reduzir a violência contra a mulher, com diálogo aberto e entendimento, desmistificando a ideia de que o feminismo seria ‘causa’ para o aumento do número de casos. “Hoje a mulher já tem muitos direitos reconhecidos, mas a violência ainda persiste e precisa ser combatida”, apontou.
A secretária Dayanne Demozzi falou sobre as ações do município nesta área, o envolvimento e o trabalho das equipes nas mais diferentes frentes e confirmou a criação do Conselho Municipal da Igualdade Racial, que está em andamento. Anunciou também que em breve o Creas/ Cram (Centro de Referência em Atendimento à Mulher) terá uma nova sede, em fase de estruturação, mais adequada para a prestação desse importante serviço, e também a destinação de mais uma psicóloga exclusiva para acompanhar os casos atendidos.
A primeira-dama Dulce Pozzobom agradeceu o convite e reforçou que a violência contra a mulher é preocupante. “Onde temos que mexer para parar com isso?”, questionou, citando que o caminho para a mudança talvez passe pela educação das crianças. “Ninguém nasce racista, nem violento. Esses comportamentos são ‘aprendidos’ no meio onde as crianças crescem e talvez seja aí que precisamos intervir”, apontou.
Com larga experiência em pedagogia, Dulce lembra que já ouviu muitos relatos de violência doméstica feitos por crianças, explicitamente ou por reações e comportamentos, onde é possível perceber a agressividade internalizada. “Além da educação, o problema envolve questões de saúde mental do pai, da mãe, falta de equilíbrio e certos ‘costumes’, que refletem nessa violência. Precisamos rever atitudes, posturas, e conversar mais sobre isso, abordando o problema abertamente para poder combatê-lo”, propôs.
A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher continua até o próximo dia 3, em Umuarama, e será encerrada com uma palestra no teatro do Centro Cultural Vera Schubert, a partir das 14h. A reunião desta quinta-feira terminou com uma exposição sobre a beleza da mulher negra e um café da manhã servido às participantes.
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