O julgamento de Ademir Alves Pereira, terminou na noite da última sexta-feira (29), com sua condenação pelo Conselho de Justiça a quatro anos e meio de reclusão. Por conta da pena, ele sequer ficará preso.
O homem, que respondia em liberdade pelo crime cometido em 2015, e ter se apresentado à polícia poucos dias depois, sequer ficou preso. No início do julgamento, o advogado de defesa Reginaldo Cesar, chegou a pedir pelo adiamento do júri, mas o pedido foi indeferido pela promotora Fernando Bertoncini e pelo juiz de direito Adriano Cesar Moreira. Foi então que Ademir sentou no banco dos réus. Ele era acusado de matar Valmir Ussuna. Segundo o que estava apresentado nos autos do processo, Ussuna mantinha um relacionamento extraconjugal com Juliane, esposa do acusado, mas durante o depoimento dela, pela manhã na sexta-feira, este fato foi ‘derrubado’.
A mulher revelou que Ussuna e Ademir eram amigos e que, durante a convivência deles, Ussuna passou a ter interesses por ela. “Ussuna é que dizia que tinha um relacionamento comigo”, relatou a testemunha. Ela salientou também que vinha sendo ameaçada por Ussuna através de mensagens por celular e ligações telefônicas, inclusive nas madrugadas. O assassinato de Ussuna aconteceu na noite de 20 de dezembro de 2015, depois que os envolvidos tiveram uma discussão em uma sorveteria, onde a vítima proferiu palavras de baixo calão contra Ademir, na frente de sua esposa. Ademir deixou a mulher e o filho em casa e saiu depois com uma motocicleta, dizendo que iria comprar cerveja. Ele estava armado com uma pistola Taurus, modelo “PT938”, calibre 380, devidamente registrada, e encontrou Ussuna pouco antes das 22h.
A vítima estava em um Gol de cor branca quando foi abordado no cruzamento das ruas América e Irmã Dorothy, no Jardim Novo Milenio. Naquele local aconteceu uma discussão e, segundo o acusado, Ussuna ameaçou estar armado e sacar a suposta arma de dentro do carro, foi quando ele sacou a pistola atirou. Ademir puxou cinco vezes o gatilho, atingindo disparos no peito (onde o projétil ficou alojado), o tórax, abdômen, braço e a nuca de Ussuna, que não resistiu. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama, necropsiado e o laudo foi encaminhado à Polícia Civil, que deu sequência às investigações. Ademir foi descoberto pela Polícia Civil e confessou o crime, entregando a pistola, confirmando ter realizado os disparos e relatou que o caso envolveu as ameaças contra a agora ex-esposa e a família. O julgamento, que começou às 9h terminou somente depois das 21h da sexta-feira, quando foi lida a sentença de 4 anos e 6 meses de prisão. Segundo o advogado de defesa, nesta semana comparecerá com seu cliente no cartório da 1ª Vara Criminal para alguns procedimentos de praxe. Ademir saiu pela porta da frente do Fórum.
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