A campanha internacional ‘16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher’, que no Brasil se entende por 21 dias, teve ontem (3), seu ponto alto, em Umuarama, com apresentações culturais, orientações e palestra de conscientização no teatro do Centro Cultural Vera Schubert, praticamente lotado. A promoção é do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), da Secretaria Municipal de Assistência Social.
A programação teve música ao vivo com Marcos e Jéssica, palestra com a doutora em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná, Letícia Kreuz (tema “Mulheres na sociedade contemporânea – Entre múltiplas violências e resiliência”), uma emocionante apresentação teatral da peça “Disque 180 – As Marias do Brasil”, com o Grupo Encantart, de Goioerê, e o encerramento com o grupo Sonhart e a dança folclórica “Somos Pé Vermelho”.
A chefe da Divisão Especial da Mulher, Marcia Cristina de Souza, explicou as origens da campanha ‘16 Dias de Ativismo’, uma estratégia de mobilização de pessoas e organizações para prevenção e combate à violência contra a mulher iniciada em 1991, que ocorre no Brasil desde 2003 com 21 dias, em virtude da inclusão de datas importantes como o Dia da Consciência Negra (20/11).
A ação inclui ainda o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11), Dia Mundial de Combate à Aids (1º/12), Massacre das Mulheres de Montreal (6/12) – que inspirou a Campanha do Laço Branco e o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência Contra as Mulheres – e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), e é representada pela cor laranja.
Todas estas datas levam a importantes reflexões que se relacionam diretamente às lutas das mulheres, disse a secretária da Assistência Social, Social, Dayanne Demozzi. O prefeito Celso Pozzobom parabenizou os organizadores e o trabalho realizado pela equipe da secretaria e parceiros na defesa dos direitos da mulher e dos segmentos vulneráveis da população, e destacou que a administração deve trabalhar em prol dos menos favorecidos, que mais dependem do poder público.
“Os recursos arrecadados pelo município precisam beneficiar os mais necessitados e também para a segurança das mulheres. Apesar de tudo que fazemos, discutimos e debatemos sobre a violência, os números estão piorando. Ouvimos relatos inacreditáveis que infelizmente acontecem, fazem vítimas e deixam sequelas. Precisamos fazer muito mais para mudar essa situação e este evento acontece para isso”, afirmou.
Pozzobom destacou os avanços da mulher na busca dos seus direitos, pela igualdade de tratamento, e citou o desenvolvimento profissional, cultural e social já conquistado. Lembrou de cargos importantes da administração ocupados por mulheres, com atuações destacadas, e afirmou que a luta pelo fim da violência deve continuar. “Devemos fazer todo o possível e um pouco mais para valorizar e proteger as mulheres, que tanto sofrem e não desistem. Esta causa merece todos os esforços”, completou.
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