Nos 90 anos da Portos do Paraná, três portuários com décadas de experiência e atuação na empresa pública compartilharam suas memórias e relembraram como suas trajetórias foram marcadas pelo Porto. São muitas histórias para contar de quem acompanhou as diversas transformações dos portos de Paranaguá e Antonina, no Litoral. Lembranças vivas de pessoas que seguem contribuindo com o porto, hoje referência internacional em eficiência de gestão.
“Entrei por concurso público em 1970 e, inicialmente, fui para a operação como conferente. Mas atuei em outros setores até chegar ao Palácio Taguaré para implantar a estrutura da diretoria empresarial. Minha passagem pela operação foi marcada por muitas ações. Fui protagonista em muita coisa”, relembrou Nilson Viana, técnico de sistema portuário, atualmente lotado na Diretoria da Presidência da Portos do Paraná.
Também decano da Portos do Paraná, o engenheiro Luiz Teixeira da Silva Junior acumulou uma enorme experiência em vários setores. “Estou no Porto desde 1976. Entrei como engenheiro eletricista. De lá para cá, tornei-me engenheiro portuário, especializei-me em engenharia de segurança do trabalho e em logística portuária. Passei pela manutenção do Porto e entrei na operação portuária. Fui chefe de departamento e diretor de operações durante oito anos”, destacou.
Sônia Regina de Araújo, assistente administrativa, começou a trabalhar na Portos em 1983, na então Superintendência (hoje Presidência). “Fui trabalhar com o Vicente Elias (ex-superintendente), fiquei alguns anos e, depois, passei por outros setores.” Atualmente, Sônia está lotada na Gerência de Administração da Diretoria Administrativa e Financeira. “Fui chefe do setor de treinamento e do departamento administrativo e também atuei por vários anos na Diretoria de Operações”, disse.
Em um momento de nostalgia, eles puderam reviver algumas passagens acessando o acervo fotográfico da Portos do Paraná. “Todas essas imagens mostram a evolução do Porto. E é assim que tem que ser. Se o Estado evolui, o Brasil evolui, o mercado evolui, o Porto também tem que evoluir”, ponderou Teixeira.
Ele também lembra que os equipamentos da Usina de Itaipu, por exemplo, chegaram por Paranaguá. “Itaipu teve parte do seu início em Paranaguá”, ressaltou.
Para Viana, a evolução do Paraná ocorreu em paralelo com a evolução portuária de Paranaguá e Antonina. “Iniciamos, nas primeiras décadas, com a indústria extrativista, e o Porto movimentava basicamente madeira e erva-mate. Depois, com o café. Com a geada de 1975, houve o crescimento do cultivo do milho e da soja, e a BR-277 passou a ter um grande papel na exportação dos grãos”, explicou. Ele também lembrou da implantação do terminal de veículos e contêineres, que deu um novo impulso a Paranaguá.
Administrativamente, uma das grandes mudanças foi a chegada dos computadores em todos os setores da empresa. “Foi uma evolução, assim como a inteligência artificial está revolucionando hoje. E, realmente, desde que entrei até os dias de hoje, tudo mudou muito”, afirma Sônia.
Na visão de Teixeira, o Porto está em constante transformação. “O Porto evolui, os funcionários precisaram evoluir e receberam treinamento para isso. Eu me realizei profissionalmente e continuo me realizando”.
Nilson Viana, o mais experiente entre os três, considera os colegas de trabalho como parte de sua família. “Aqui também é a minha casa, de onde tirei todo o meu sustento. Consegui formar minhas filhas, fruto de muita dedicação. Eu conheço cada tijolinho que tem aqui”, afirmou.
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