O Instituto de Atendimento ao Indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (IAITEA) realizará uma passeata no próximo dia 2, quando se comemora o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Segundo a coordenadora geral do instituto, Dayse Valeria Moreira André, a saída será na Praça Artur Thomas, com início programado para as 9h.
Com faixas e cartazes, os simpatizantes percorrerão a avenida Paraná até a rua Governador Ney Braga, de onde seguirão até a sede do IAITEA finalizando a atividade especial com a fala das autoridades presentes. A passeata será acompanhada por um carro de som, informando a população sobre os motivos da atividade e chamando a sua participação.
Os colaboradores do Instituto distribuirão panfletos ao longo do caminho à população. A finalidade do ato é conscientizar a todos sobre o dia mundial do autismo (2 de abril), criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para levar informação à população a fim de promover conhecimento sobre o autismo e reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA).
O transtorno do espectro autista é uma condição neurológica que se manifesta na infância e permanece ao longo da vida. Afeta aspectos da comunicação, linguagem, comportamento e interação social. É classificado em três níveis, que variam de acordo com a necessidade de suporte.
A denominação “espectro” se deve à ampla variação de sintomas que podem ser observados em indivíduos diagnosticados. Assim, as pessoas com TEA podem enfrentar desafios para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos.
Podem também apresentar dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem ou ter bloqueios para começar e manter um diálogo, ou ainda alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).
Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.
Cada indivíduo dentro do espectro desenvolve o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta. Terapias adequadas a cada caso – como as oferecidas pelo IAITEA em Umuarama – podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.
Os esquemas de tratamento devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar, envolvendo a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicomotricistas, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores.
Levar conhecimento sobre o espectro autista desmistifica crenças e cria ambientes sociais mais acolhedores e saudáveis.
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