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Palestra reforça medidas de combate à mortalidade materna e infantil

Além de atualizar os conhecimentos, o objetivo é reforçar os procedimentos necessários no acompanhamento da gestação

08/04/2025 às 10h00 Atualizada em 08/04/2025 às 16h23
Por: Alex Miranda
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Assessoria/Secom
Assessoria/Secom

A Secretaria Municipal da Saúde promoveu uma palestra para médicos, enfermeiros e dentistas que atuam no município sobre prevenção e combate à mortalidade materna e infantil. Os profissionais de saúde foram reunidos no auditório da secretaria, para ouvirem as orientações do médico ginecologista Guilherme Mattei Pioli.

Além de atualizar os conhecimentos dos participantes sobre as principais causas da mortalidade no sistema público de saúde, o objetivo do treinamento foi reforçar os procedimentos necessários no acompanhamento da gestação, conscientizar os profissionais sobre os sinais de possíveis problemas e padronizar os cuidados, aumentando a eficiência do atendimento pré-natal e pós-parto, para salvar vidas.

De acordo com a secretária da Saúde, Lisbeth Scanavaca, embora o número de mortes esteja abaixo da média nacional em Umuarama, o município está empenhado em ações para reduzir ainda mais as estatísticas. Em 2024 não houve óbitos no puerpério, mas infelizmente 22 crianças morreram antes de completarem um ano.

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O médico Guilherme Pioli, que atua no Centro de Referência em Atendimento Materno e Infantil (CRMI) da Secretaria Municipal de Saúde, revelou que no ano passado a média foi de 79,2 casos por 100 mil nascidos vivos – um número bem menor que o registrado em 2023 (que foi de 197) e abaixo da média mundial.

Campanha global

Atualmente, a taxa global de mortalidade materna é de 223 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, realidade está bem distante da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 70 mortes a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.

Por isso, a entidade escolheu o Dia Mundial da Saúde (ontem, 7 de abril) para uma campanha voltada à saúde materno-infantil. Intitulada “Começos saudáveis, futuros promissores”, a iniciativa visa promover esforços para reduzir as mortes evitáveis, causadas frequentemente por problemas não detectados.

Estatísticas

As principais causas de morte materna no mundo são hemorragias (30% dos casos) e problemas decorrentes da hipertensão, como pré-eclâmpsia (15%), segundo estudos da OMS. A maioria dessas mortes é evitável, desde que haja acesso a tratamentos eficazes e cuidados de saúde adequados durante a gestação e o parto.

Em um pré-natal adequado é possível detectar o risco de pré-eclâmpsia, iniciar medidas preventivas e, mais que isso, começar precocemente o controle da pressão arterial. Além disso, há problemas relacionados à assistência hospitalar, que incluem o não reconhecimento das condições ameaçadoras à vida e o seu manejo.

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