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Umuarama, PR
Na manhã desta sexta-feira, 30 de maio, o Hospital e Maternidade Norospar realizou uma coletiva de imprensa para alertar a população de Umuarama e região sobre o expressivo aumento dos casos de doenças respiratórias, especialmente entre crianças e gestantes. A reunião com os profissionais de comunicação contou com a presença do presidente da instituição, Dr. Luiz Batista de França, da administradora hospitalar Eliane Trentini e dos médicos especialistas Dr. Kelson Ferrarini, coordenador do Serviço de Pediatria e Neonatologia, e Dr. Ezequiel Matei, coordenador do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.
Em sua fala, o Dr. Kelson Ferrarini expôs a atual realidade enfrentada pela Pediatria do Norospar. “Temos hoje 17 crianças internadas, sendo que o hospital possui apenas oito leitos pediátricos credenciados pelo SUS. Mesmo sem faltar leitos, já operamos no limite. São crianças com tosse, dificuldade respiratória e complicações como pneumonia que exigem internação e cuidado intensivo. Estamos fazendo todos os esforços para garantir o conforto e o acolhimento necessário a esses pacientes e seus familiares.”
Um dos maiores perigos identificados é a bronquiolite, principalmente em bebês. Segundo o médico, a doença costuma começar de forma silenciosa, com sintomas leves semelhantes a um resfriado comum. “O problema é que, em dois ou três dias, a criança pode evoluir para um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave, o que exige leito mais complexo e suporte com oxigênio.”
O pediatra orienta: “crianças com quadros de resfriado ou gripes, mesmo que sejam leves, não devem ir a à escola, para não correr o risco de transmitir para outros colegas, que podem vir a desenvolver formas graves da doença”, disse.
O Dr. Kelson também orientou a vacinação das crianças e a busca por atendimento médico em casos de febre e tosse persistente.
O coordenador da Ginecologia e Obstetrícia, Dr. Ezequiel Matei, também chamou a atenção para os riscos que as síndromes respiratórias representam para gestantes, puérperas e recém-nascidos. Ele destacou que o Hospital Norospar é referência regional para atendimentos obstétricos de baixo, médio e alto risco.
Em seu pronunciamento, Dr. Ezequiel falou sobre a vacina disponível na rede particular, que, administrada durante a gravidez, transmite anticorpos ao bebê, protegendo-o de doenças respiratórias graves até os seis meses de vida. “Existe uma perspectiva de que essa vacina passe a ser oferecida pelo SUS até o próximo ano, conforme planejamento do Ministério da Saúde. A expectativa é de que a imunização reduza significativamente os casos graves entre as crianças pequenas nos próximos anos.”
O médico também fez um apelo às puérperas e suas famílias. “Nas primeiras semanas e também nos primeiros meses de vida do bebê, é fundamental reduzir o número de visitas. Cada visitante representa um risco, podendo carregar vírus que ameaçam a saúde da mãe e da criança. É hora de voltar a aplicar medidas aprendidas durante a pandemia: máscaras, higienização das mãos e distanciamento.”
Dr. Kelson reforçou ainda a importância do aleitamento materno como medida preventiva essencial nesta época do ano. “O leite materno contém imunoglobulinas, como a IgA, que atuam como anticorpos naturais. Elas protegem contra doenças virais e bacterianas, especialmente do trato respiratório e gastrointestinal. Manter a amamentação é uma das formas mais eficazes de preservar a saúde dos bebês.”
Encerrando a coletiva, o presidente da Norospar, Dr. Luiz Batista de França, afirmou que, apesar da alta demanda, o hospital tem conseguido absorver o fluxo de pacientes, mesmo com número limitado de leitos credenciados. Ele destacou que a instituição mantém diálogo constante com a Secretaria Estadual de Saúde (SESA) e a Central de Regulação, buscando soluções e apoio para enfrentar esse período crítico.
A administradora hospitalar Eliane Trentini agradeceu aos profissionais da saúde presentes pelo compromisso com a informação técnica de qualidade e aos jornalistas, reforçando o papel fundamental da imprensa na orientação da população. “Levar informação clara, baseada em evidências, é uma das formas mais poderosas de proteger vidas”, concluiu. Texto - Assessoria/Norspar
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