O deputado estadual Tercilio Turini (PSD) fez um alerta na Assembleia Legislativa sobre os impactos da possível suspensão do único voo direto de Londrina para Curitiba no período da manhã. A mudança, prevista para agosto, foi anunciada pela companhia aérea Azul e deve afetar moradores de Londrina e de dezenas de municípios da região norte do estado que dependem do transporte aéreo para deslocamentos à capital.
Segundo o parlamentar, a suspensão da rota dificulta o acesso a compromissos profissionais, atividades governamentais, serviços públicos, eventos e até o turismo. “É uma situação bastante complicada, que compromete negócios e gera inúmeros transtornos aos passageiros, que terão de enfrentar escalas e trajetos mais longos, com horários inadequados e menos conforto”, afirmou.
Durante a sessão plenária desta terça-feira (1º), Turini apresentou requerimento solicitando esclarecimentos ao Ministério de Portos e Aeroportos, à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), à Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná, à concessionária CCR Aeroportos e às companhias Azul, Gol e Latam.
O parlamentar questiona os motivos da redução na oferta de voos diretos para Curitiba, especialmente em comparação com Maringá, que mantém três voos diários para a capital. “Londrina não pode ser desprestigiada nas decisões de governo e das empresas. A redução de voos compromete o desenvolvimento regional e prejudica toda a população”, argumentou.
Atualmente, o único voo direto disponível parte de Londrina às 10h15, operado por uma aeronave ATR com 70 lugares. De acordo com Turini, o voo apresenta alta taxa de ocupação, o que indicaria rentabilidade para a companhia. “A demanda é comprovada, então por que suspender o voo? A empresa Azul informou que manterá apenas o horário das 18h20, no final da tarde, o que é insuficiente”, pontuou.
Turini também destacou os investimentos públicos feitos nos últimos anos para a melhoria do Aeroporto Governador José Richa. “A Prefeitura de Londrina e o Governo do Estado aplicaram valores que, atualizados, ultrapassam R$ 1 bilhão em desapropriações e melhorias operacionais. Com a concessão à CCR, novas obras foram realizadas e outras estão em andamento. Apesar disso, a oferta de voos vem diminuindo, o que é inaceitável para a segunda maior cidade do Paraná”, concluiu.
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