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Parlamento Universitário compartilha impressões e se prepara para as sessões plenárias

Integrantes apontam expectativas com a aproximação das sessões plenárias em dia marcado pela realização de duas reuniões da CCJ

24/07/2025 às 09h30
Por: Alex Miranda
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Orlando Kissner/Alep
Orlando Kissner/Alep

Expressar ideias, construir networking, entender o funcionamento de uma Casa de Leis e aprender a cobrir política: os quatro dias de Parlamento Universitário têm sido uma oportunidade para os integrantes ampliarem suas habilidades nas mais diferentes áreas. Deputados e comunicadores universitários compartilharam suas experiências na simulação e a expectativa com o início das sessões plenárias, que aconteceram ontem (24).

Ter que defender projetos de lei dos quais é autora tem sido importante para Simone Lima, deputada da PUC/PR, vencer a timidez. Durante a primeira reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela teve de defender uma de suas três iniciativas, que prevê a criação de uma “Farmácia Popular Itinerante”, levando medicamentos subsidiados a comunidades remotas – rurais, indígenas e quilombolas. “Eu queria desistir já nos dois primeiros dias, pensei ‘não é para mim, isso aqui é um terror’. Aos poucos estou conseguindo me soltar mais e está sendo bem melhor”, conta a graduanda de Direito, de 39 anos.

O projeto, no entanto, acabou rejeitado pelo colegiado por violar iniciativa do Executivo. Neste ponto, a estudante vê a simulação como uma oportunidade para aprofundar os conhecimentos constitucionais. “Não temos muitas aulas de Constituição Estadual na universidade. Com o Parlamento, entendemos o que é competência residual, não podemos chegar e propor qualquer lei. Aqui vemos como é complexo fazer uma lei ser promulgada”, afirma. Ela optou, então, por tentar negociar junto à governadora interina a apresentação da proposta. “As sessões plenárias serão desafiadoras e será interessante observar as articulações”, destaca Lima.

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Entender a complexidade do Legislativo é, para o deputado universitário Lucca Lurke (FESP), uma das principais virtudes da simulação. “Eu imaginava que era tudo mais fácil, não tão complicado. Não sabia que tinha tanta coisa para fazer, me surpreendi”, reflete. Ele tem auxiliado os colegas deputados na revisão de ofícios e projetos de lei. “Eu acho que não sou um bom orador ao falar em público, mas eu gosto de regras. Li o regimento três vezes”, pontuou.

Para a sessão plenária, espera ver o debate em torno de seu projeto de lei, que prevê benefícios a empresas que declarem impostos, estimulando assim a arrecadação correta de tributos pelo governo do Paraná. “A minha expectativa para as sessões plenárias é que tenham brigas boas. Que eu consiga debater, falar e reagir diante dos projetos”, reflete o graduando em Direito, de 31 anos. Integrante da Oposição, ressaltou que o bloco “irá atacar o que precisar ser atacado”.

Comunicação

Integrante do Parlamento Universitário Comunicação, iniciativa inédita desta edição que insere graduandos de Jornalismo, Comunicação Organizacional, Publicidade e Relações Públicas nas rotinas de assessor político, jornalista e comunicador interno, Vitória de Oliveira Santin vive sua primeira grande cobertura. “Percebemos como isso é exigente. É um outro tratamento, uma outra realidade além da faculdade, em que temos que entregar duas a três matérias por dia. É bom, pois vamos pegando esse timing”, conta a jovem, de 19 anos. “Acompanhar os bastidores, conversar com os deputados, ver os PLs, me deixou com muita vontade de seguir nesse caminho”.

Nas sessões plenárias, ela quer ver qual será o desfecho dado pelos deputados universitários aos projetos de lei debatidos na CCJ e nas Comissões de Mérito. “As reuniões da CCJ começaram com bastante veto de projetos. Estou ansiosa para saber se eles manterão uma linha política e aprovarão ou se realmente vão debater”, ressaltou a estudante da PUC/PR.

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