O delegado chefe da 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama atualizou no final da tarde desta terça-feira (12), o andamento dos trabalhos investigativos a respeito do desaparecimento de quatro homens na cidade de Icaraíma. O caso vem chamando a atenção de autoridades em todo o Estado do Paraná e em parte do Estado de São Paulo (de onde vieram três vítimas).
A polícia trata o caso como suposto homicídio, pois um dos desaparecidos, identificado como Alencar Gonçalves de Souza, morador de Icaraíma teria contratado Robishley Hirnani de Oliveira e Rafael Juliano Marascalchi, moradores em São José do Rio Preto/SP e Diego Henrique Afonso morador em Olímpia/SP, para ajudá-lo a receber uma dívida de R$ 250 mil. O valor é oriundo de uma negociação de uma propriedade rural. A negociação foi registrada em cartório, segundo a polícia.
Os quatro homens foram vistos pela última vez na terça-feira (5), ou seja, há exatamente uma semana. Eles foram até uma propriedade rural opnde moram parentes da pessoa que comprou a propriedade. Depois disso simplesmente desapareceram.
Depois de cinco dias de buscas com utilização de equipamentos especiais, o delegado Gabriel Menezes, que encabeça os trabalhos investigativos, lançou uma informação nesta tarde, relatando que ainda na semana passada, áudios circularam nas redes sociais, com diálogos de negociação para liberação dos reféns.
“A Polícia Civil informa que esses áudios são oriundos de pessoas próximas a família da vítima e são do período em que as investigações forma iniciadas, ou seja, quando as vítimas tinham recentemente desaparecido. Ou seja, não se trata de contato recente de eventual sequestrador. A Polícia Civil colheu esse material e vai analisar, buscando extrair o que possa ser útil para as investigações”, explica o delegado.
O delegado também falou que não foram realizadas diligências externas de buscas durante a terça-feira (12), pois nenhum novo ponto para procura foi localizado. “A estrutura logística pra tanto segue à disposição das forças de segurança, com cão de faro, sonar e aeronave, além do correspondente efetivo da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Civil”, relatou Menezes, salientando que a Polícia Civil vem realizando diligências de investigação, tais como oitivas, busca por imagens, checagem de informações que chegam de forma anônima, além de medidas cautelares junto ao Poder Judiciário, para obtenção de dados de interesse das investigações.
“O exato conteúdo dessas diligências não pode ser divulgado, por conta do sigilo inerente aos trabalhos investigativos”. “Quanto a prazo para conclusão de laudos periciais ou da própria investigação, não é possível passar estimativas. O trabalho investigativo segue uma dinâmica diferente das diligências de buscas que vinham sendo realizadas até o momento. Enquanto o trabalho de buscas permite uma atualização mais frequente, as investigações demandam um tempo maior, podendo demorar semanas ou, dependendo das diligências, até meses”, conclui.
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