Uma iniciativa da Prefeitura de Umuarama permite transformar resíduos recicláveis em benefícios sociais diretos para a comunidade. As famílias participantes juntam materiais recicláveis que são trocados por créditos, chamados “moedas verdes”, que depois são utilizados para a aquisição de alimentos num ônibus adaptado que visita os bairros quinzenalmente. E agora, os beneficiários contam com orientações nutricionais.
Esse é um resumo do projeto ‘Lixo que Vale’, criado e mantido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que compra os produtos direto dos agricultores associados à Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais de Umuarama (Cooperu). O repasse às famílias atendidas ocorre na chamada Feira do Lixo que Vale, que acontece duas vezes por mês em cada bairro atendido.
Os dados mostram a eficácia do projeto. Atualmente, 250 famílias são beneficiadas. Os bairros atendidos são o Parque Jabuticabeiras e Jardim Nova Esperança (Sete Alqueires) numa semana, Alto da Glória, Jardim Viveiros, Parque Industrial e Conjunto Arco Iris na outra. “Esses moradores entregam cerca de oito toneladas de materiais recicláveis por mês, que são destinados à reciclagem na Cooperuma”, explicou o secretário municipal do Meio Ambiente, Cláudio Marconi.
O programa gera impacto positivo em três frentes: famílias em insegurança alimentar, produtores rurais e catadores de materiais recicláveis, que recebem os resíduos arrecadados. “Com isso, os cooperados conseguem aumentar sua renda e valorizar ainda mais o trabalho que desempenham”, acrescentou o secretário.
Entre os alimentos fornecidos para troca há frutas, legumes, hortaliças, pães e itens da agroindústria, fortalecendo a agricultura familiar e movimentando a economia local. Uma novidade recente é que as feiras agora contam com a presença de uma nutricionista, que orienta as famílias sobre alimentação saudável e o melhor aproveitamento dos alimentos.
É intenção do prefeito Fernando Scanavaca ampliar o programa para atender mais bairros e famílias, bem como diversificar os produtos ofertados. “O que é bom merece ser ampliado e atender mais cidadãos”, comentou.
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