Setembro Amarelo dá visibilidade e orientações para a prevenção

A campanha Setembro Amarelo, que marca 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, alerta que o combate deve acontecer todos os dias. O suicídio, uma triste realidade que atinge o mundo todo, é um sério problema de saúde pública que traz grandes prejuízos à sociedade.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais pessoas tiram a própria vida todos os anos do que as vítimas do HIV, da malária, do câncer de mama e das guerras. “O lema da campanha (Se precisar, peça ajuda!) lembra que todos nós devemos atuar na conscientização sobre o valor da vida e ajudar na prevenção, mesmo que o assunto seja cercado de tabus”, explica a coordenadora do Serviço de Atendimento Psicológico do município (SAP), Elaine Florian.

Com o apoio da secretária de Saúde, Lisbeth Scanavaca, o SAP programou uma série de ações nas unidades básicas de saúde (UBS) voltadas ao Setembro Amarelo. Ontem (quarta-feira, 10), a campanha chegou ao Centro Cultural Vera Schubert. “É importante falar sobre o assunto para que pessoas que estejam passando por momentos difíceis busquem ajuda. A vida é sempre a melhor escolha”, reforçou Elaine.

Continua após a publicidade

Lisbeth disse que a união de esforços em torno de um tema tão delicado é muito importante. “Para procurar ajuda nesses momentos é preciso coragem e nós devemos estar prontos para acolher, orientar e encaminhar os pacientes. As famílias devem estar atentas aos sinais e dar o primeiro alerta, e os profissionais de saúde precisam atender com sensibilidade e respeito”, orientou.

A secretária agradeceu aos envolvidos na campanha e também nos serviços de saúde e reforçou que o cuidado deve ser assegurado, bem como a informação sobre os serviços públicos de apoio. “Quando uma pessoa chega a esse ponto, fica incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Devemos nos informar para aprender e ajudar o próximo”, completou.

AÇÕES

O profissional de saúde deve oferecer escuta ativa e cuidado adequado, além de acolhimento, respeito sem julgamento e informação sobre onde buscar ajuda. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de referência para o cuidado da saúde mental, mas a pessoa pode buscar inicialmente um agente de saúde, enfermeiro ou assistente social para um primeiro cuidado.

Ações efetivas já fizeram com que o número de suicídios no mundo diminuísse. “E nós estamos aqui hoje para dizer que o suicídio pode ser prevenido e a vida pode voltar a fazer sentido”, completou Elaine.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito na Rede de Atenção Psicossocial Umuarama tem mais de 20 UBS, o SAP, dois centros de atendimento psicossocial (Caps), o Pronto Atendimento Municipal e para situações emergenciais o Samu. Há ainda serviços de saúde nas universidades e grupos de apoio como o Amor Exigente.

Ainda ontem, uma psicóloga e uma estagiária de Psicologia do SAP permaneceram durante todo o dia no Centro Cultural, à disposição das pessoas para acolher e informar.