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Professor é afastado após exibir arma a alunos em sala de aula em Iporã

A decisão judicial determina o afastamento cautelar do docente por 90 dias enquanto prosseguem as investigações sobre ameaças e porte ilegal de arma

21/10/2025 às 10h30 Atualizada em 21/10/2025 às 16h28
Por: Alex Miranda
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Ilustrativa
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O Ministério Público do Paraná (MPPR) obteve, junto ao Juízo de Garantias da Vara Criminal de Iporã, no Noroeste do estado, a determinação de afastamento de um professor da rede pública municipal investigado por exibir uma arma de fogo a alunos durante uma aula. O episódio, ocorrido em agosto no Colégio Estadual de Iporã, envolveu um docente de 61 anos que leciona a disciplina de artes para estudantes do 7º ano do ensino fundamental.

A investigação teve início após a direção da escola acionar a autoridade policial, com base em denúncias feitas por pais de alunos. Segundo relatos dos estudantes, o professor teria se irritado ao ser atingido por uma bolinha de papel e, em seguida, retirado uma arma de sua mochila, exibindo-a aos adolescentes enquanto dizia frases ameaçadoras, como “vocês não sabem com quem estão mexendo”.

Imagens das câmeras de monitoramento da sala de aula confirmaram o episódio. Questionado pela direção do colégio e pela polícia, o professor alegou que se tratava de uma “brincadeira” e que o objeto seria um simulacro de arma, supostamente utilizado em atividades de teatro.

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O MPPR, no entanto, considerou a conduta incompatível com o papel educativo de um professor e pediu o afastamento cautelar do cargo. A Promotoria de Justiça destacou que o ato “expos os adolescentes à relativização de violências e incentivou o uso de armamento, independentemente do contexto ou de suposta brincadeira”.

O professor é investigado pelos crimes de ameaça (artigo 147 do Código Penal), porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (artigo 14 da Lei 10.826/2006) e por submeter crianças ou adolescentes sob sua responsabilidade a constrangimento (artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente).

A decisão judicial determina o afastamento das funções pelo prazo inicial de 90 dias, como medida para garantir a integridade das investigações. O descumprimento da ordem poderá resultar na decretação da prisão preventiva do docente. O Núcleo Regional de Educação de Umuarama foi notificado para tomar as providências necessárias, incluindo a substituição do professor, assegurando a continuidade das aulas e o direito à educação dos alunos.

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