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O Tribunal do Júri de Umuarama julga hoje (sexta-feira, 5), o caso de Jhonata Santana Rangel, denunciado pelo Ministério Público do Paraná pela morte de seu vizinho, Otaíde Soares, de 66 anos. O crime ocorreu em 28 de dezembro de 2023 e foi motivado por um desentendimento considerado fútil pelas autoridades. A sessão ocorre no Fórum da comarca e deve se estender ao longo do dia.
Segundo a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Danilo Cardoso Decco, o caso teve origem em um conflito entre vizinhos no distrito de Santa Eliza. Na manhã do crime, por volta das 11h, Otaíde reclamou ao acusado que o filho de Jhonata havia derrubado uma bola no quintal de sua residência, danificando plantas da esposa do idoso. A simples crítica teria exaltado o denunciado, que invadiu a casa da vítima para tirar satisfações.
Ainda conforme o Ministério Público, o histórico de atritos entre os dois já existia: Jhonata estaria irritado porque Otaíde teria se recusado a servir como testemunha em um processo judicial envolvendo o acusado. No dia do crime, a discussão rapidamente evoluiu para agressões físicas. Otaíde, idoso e desarmado, foi encurralado nos fundos da própria residência.
De acordo com o laudo de necropsia anexado ao processo, Jhonata desferiu dois golpes de canivete — arma que não foi apreendida — na região do tórax da vítima. As lesões, descritas como feridas pérfuro-incisas, provocaram hemorragia aguda e levaram Otaíde à morte ainda no local.
A Promotoria sustenta que o homicídio foi cometido por motivo fútil e contra vítima com capacidade reduzida de resistência, o que configura as qualificadoras previstas no artigo 121, §2º, inciso II, e §4º, segunda parte, do Código Penal. Caso seja condenado pelos jurados, Jhonata poderá receber pena significativamente agravada.
Após o oferecimento da denúncia, o réu não foi localizado e atualmente encontra-se em endereço incerto e não sabido. O Ministério Público requereu a citação, a oitiva de testemunhas e o prosseguimento da ação até julgamento final — etapa que se concretiza hoje diante do Conselho de Sentença.
O caso mobiliza a comunidade de Santa Eliza e é acompanhado com atenção pelos familiares do idoso, que aguardam que o julgamento traga esclarecimento e responsabilização pelo crime que chocou o distrito.
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