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A Prefeitura de Umuarama está entre as 22 cidades do Paraná já aptas a integrar a nova etapa do Programa Olho Vivo, lançada pelo governador Ratinho Junior, em Curitiba. A iniciativa marca o início da incorporação de tecnologias avançadas de Inteligência Artificial (IA) ao sistema estadual de videomonitoramento, em um investimento de R$ 400 milhões que promete elevar a capacidade de investigação e resposta das forças de segurança em todo o Estado.
O Olho Vivo passa agora a operar com um modelo de investigação assistida, no qual as câmeras deixam de depender apenas do monitoramento humano. Com a integração de sistemas inteligentes, será possível pesquisar características específicas de pessoas e veículos, rastrear rotas, cruzar dados em tempo real e emitir alertas automáticos para agentes de segurança. Um projeto-piloto em funcionamento desde agosto em Almirante Tamandaré serviu de base para a expansão que chegará aos 399 municípios.
Ratinho Junior afirmou que a ampliação do programa reforça a estratégia de modernização da segurança pública, alinhada à queda dos índices de violência nos últimos anos. “Essa tecnologia permite identificar suspeitos em segundos, mesmo quando não há informações completas sobre o autor do delito”, disse o governador. Ele destacou que o Estado reorganizou estruturas, modernizou equipamentos e fortaleceu as forças policiais, alcançando um dos menores índices de criminalidade das últimas duas décadas.
Até o início de 2026, serão instaladas 1.500 novas câmeras inteligentes, com cerca de 300 entregas mensais. O plano completo prevê a expansão para 26.500 equipamentos, sendo 20 mil adquiridos pelos municípios com financiamento estadual e outras 5 mil já operando pela Secretaria da Segurança Pública (Sesp). O Paraná se tornará, assim, o estado com o maior e mais avançado sistema de videomonitoramento por IA do país.
Para o secretário das Cidades, Guto Silva, o programa representa um salto tecnológico com impacto direto na prevenção de crimes. “O modelo identifica comportamentos suspeitos e amplia a capacidade de antecipação de riscos”, afirmou. Ele reforçou que os municípios receberão recursos a fundo perdido para compra dos equipamentos dentro das especificações definidas pelo Estado, além da conexão ao sistema central.
Coordenado pela Sesp, Secretaria das Cidades e Superintendência-Geral de Governança de Serviços e Dados (SGSD), o programa foi estruturado com base em padrões internacionais de segurança da informação. Segundo o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, a IA expande a capacidade de monitoramento, mas não substitui o trabalho policial. “A tecnologia agiliza o cercamento digital, mas o policial continua fundamental”, disse.
A integração estadual-municipal também permitirá monitoramento em rodovias, ampliando a eficácia na busca de veículos roubados, suspeitos com mandados em aberto e pessoas desaparecidas. A SGSD será responsável por conectar os equipamentos à plataforma tecnológica desenvolvida em parceria com o Google e capacitar as equipes que operarão o sistema.
O superintendente de Governança de Serviços e Dados, Leandro Moura, explicou que esta fase inaugura um modelo de investigação assistida baseado em parametrização e treinamento de algoritmos. “A ferramenta passa a investigar sozinha e gerar alertas automáticos, permitindo ação mais rápida e precisa”, afirmou. As imagens captadas serão armazenadas por 90 dias, com possibilidade de ampliação conforme critérios legais.
Futuras etapas incluirão o monitoramento de agressores de mulheres e de pessoas com tornozeleira eletrônica, ampliando ainda mais o alcance do sistema. Com a incorporação de IA e a expansão em larga escala, o governo aposta em um novo patamar de vigilância e resposta criminal, colocando o Paraná entre as referências internacionais em segurança pública digital.
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