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Uma guarnição de combate a incêndio do Bombeiros Militares de Umuarama foi acionada no início da tarde de ontem (sexta-feira, 12) para atender um suposto incêndio na Rua For do Ipê, no Parque Jabuticabeiras. A chamada, feita por uma mulher adulta por meio do telefone de emergência 193, relatava fogo em uma residência, o que mobilizou viatura e equipe de pronta resposta. No entanto, ao chegar ao endereço, os bombeiros constataram que não havia qualquer sinal de incêndio – tratava-se de um trote.
A ocorrência provocou a retirada de profissionais capacitados que, durante o deslocamento, ficaram impossibilitados de atender emergências reais. Segundo o Corpo de Bombeiros, situações como essa têm impacto direto na segurança pública, pois desviam recursos essenciais e podem atrasar atendimentos que exigem respostas rápidas, como acidentes graves, incêndios residenciais, crises de saúde súbita ou ocorrências envolvendo crianças.
Além do risco provocado pela ausência momentânea de equipes no quartel, cada saída emergencial envolve tráfego intenso, sirenes ligadas e manobras rápidas, o que também expõe bombeiros, motoristas e pedestres a perigo desnecessário. O desgaste dos equipamentos, o consumo de combustível e a mobilização de efetivo tornam a falsa chamada ainda mais prejudicial.
De acordo com o Código Penal, acionar falsamente o serviço de emergência é crime previsto no artigo 340, que trata da comunicação falsa de crime ou contravenção. A pena pode variar de detenção de um a seis meses, além de multa. A pessoa responsável também pode ser cobrada pelos custos operacionais, já que o deslocamento gera despesas que são custeadas pelo poder público.
O Corpo de Bombeiros lembra que o número 193 deve ser utilizado exclusivamente para emergências reais. Qualquer chamada indevida congestiona o sistema e pode custar vidas. “Quando uma equipe é enviada a um endereço inexistente, outra pessoa que realmente precisa de socorro pode ficar sem atendimento”, destacou a corporação.
A instituição reforça ainda a importância de orientação dentro das famílias, principalmente para crianças e adolescentes. No caso registrado nesta sexta-feira, a voz identificada era de uma mulher adulta, o que agrava a situação e demonstra total irresponsabilidade diante de um serviço essencial.
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