Exatamente 80 dias após a Secretaria Municipal de Meio Ambiente instalar uma ecobarreira no Lago Aratimbó, um importante investimento capaz de bloquear a passagem de lixo sólido que vem pelas redes de coleta de águas pluviais, vândalos depredaram o equipamento. O dispositivo teve as correntes de sustentação cortadas, fazendo com que estrutura se desprendesse.
Neste período de menos de três meses em que a ecobarreira estava instalada, mais de uma tonelada de resíduos foram interceptados. “Isso significa que materiais poluentes como plásticos, vidros, papéis, sintéticos, metais e uma infinidade de lixo que as pessoas simplesmente descartam de maneira errada, acabam indo para os bueiros e por sua vez ‘descem’ para o Lago Aratimbó. A ecobarreira estava cumprindo esse papel de deter grande parte desses poluentes”, detalhou o secretário Waltinho Sucupira.
Ele explica que a ecobarreira é uma estrutura feita com tambores plásticos flutuantes, que foi colocada transversalmente na cabeceira do lago, acima da ponte de madeira existente no local. Agora, nosso questionamento é: o que leva uma pessoa (ou um grupo) gastar tempo para simplesmente realizar um desserviço absurdo desse? O Lago Aratimbó é o principal cartão-postal de nossa cidade, um local que representa, de várias maneiras, a vida, a existência de animais como peixes e aves, além de ser o ponto de encontro de famílias e amigos, que passam momentos agradáveis ali”, lamenta.
MAIS ATOS DE VANDALISMO
O final de semana também foi marcado por mais um ato de vandalismo ao patrimônio público ambiental: uma corda instalada para a travessia dos macacos-pregos entre os bairros Guarani e Ibirapuera. “A corda trançada era simples, porém amplamente utilizada para que os macacos-pregos e outros pequenos animais silvestres fizessem a passagem de um lado ao outro da Área de Preservação Permanente (APP) existente na região, para evitar atropelamentos, como já registrados. O mais incrível, no pior sentido, é que a corda estava instalada a mais de quatro metros de altura! Que fez esse trabalho tem força, habilidade e determinação para realizar um serviço prejudicial à vida animal e à natureza como um todo”, comenta a diretora de Meio Ambiente, Fernanda Periard Mantovani.
Equipes de profissionais da Secretaria de Meio Ambiente já estão trabalhando para a recuperação dos danos e o conserto deve demorar ao menos 10 dias para ser realizado. “Nosso apelo é sempre para que a população cuide da cidade, afinal, é aqui que temos o privilégio de viver: em um município que investe na qualidade de vida dos cidadãos – e isso inclui a segurança, saúde e bem-estar animal”, considera a diretora, acrescentando que quem tiver informações sobre quem possa ter praticado os atos de vandalismo pode ligar anonimamente para a Ouvidoria da Prefeitura, no telefone 156, ou na Secretaria, no telefone (44) 3621-4141.
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