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Seminários despertam interesse do público para as mudanças climáticas

São 21 encontros, abrangendo mais de 400 municípios dos Núcleos de Cooperação Socioambiental em Perobal, Paranavaí, Cianorte e Maringá

05/05/2025 às 12h00
Por: Alex Miranda
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Adilson Borges/Itaipu Parquetec
Adilson Borges/Itaipu Parquetec

O biólogo, doutor em Microbiologia e divulgador científico Atila Iamarino vem percorrendo o Paraná e sul do Mato Grosso do Sul em seminários com o tema “Mudanças Climáticas e COP30”, uma iniciativa da Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec. São 21 encontros no total, abrangendo mais de 400 municípios de todos os Núcleos de Cooperação Socioambiental. Na última semana, os encontros aconteceram em Perobal, Paranavaí, Cianorte e Maringá, no Paraná.

Iamarino expõe de maneira clara dados científicos sobre o aumento da temperatura no planeta nos últimos anos, devido à ação humana, e suas consequências. Ele também aborda a importância da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) para buscar soluções que minimizem o impacto de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera da Terra, um dos motivos da mudança no clima.

“Mudanças climáticas são as consequências de um fenômeno que a gente já sabe que acontece há mais de um século, que é a emissão do dióxido de carbono acumulando calor na atmosfera”, explica Iamarino, reforçando que a produção desse gás vem crescendo a cada ano. “As mudanças são inequívocas; sabemos que estão acontecendo pela observação de chuvas, de neve, de degelo, de temperatura média de evaporação da água. E o único fator que a gente consegue usar para explicar por que que o clima mudou é a ação humana.”

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Reversão

De acordo com Iamarino, algumas mudanças são irreversíveis; parte do clima mudou e vai continuar mudando por milênios, só por conta do que já está na atmosfera. “Mas muito do que nós fizemos pode ser revertido com a redução da emissão de gás carbônico e a reabsorção de parte do que foi emitido”, afirmou.

“No Brasil, a nossa emissão está muito vinculada ao uso do solo para a agricultura e ao desmatamento. Adotar outras medidas de agricultura e reflorestar parte do que foi destruído pode ser ajudar muito nesse processo”, completou.

Testemunhos

A engenheira ambiental Juliane Magersky, representante do Consórcio Intermunicipal Caiuá Ambiental (Cica), que reúne 19 municípios da região Noroeste do Paraná, participou do seminário em Paranavaí. Para ela, “o seminário foi de grande enriquecimento, porque ele veio derrubar mitos e trazer dados, tanto atuais quanto históricos, que comprovam as mudanças climáticas que o mundo inteiro está passando”, falou.

Uma das participantes do seminário em Maringá foi a professora Suelen Cristina Huber, do Instituto Federal do Paraná, campus Ivaiporã. No evento, ela apresentou um projeto de desidratador de frutas à luz solar – uma forma sustentável de contribuir com a agricultura familiar e o aumento de renda do pequeno produtor. “A energia para produzir um alimento é cara; são muitos custos envolvidos. Ao desidratar, estamos evitando perdas alimentares e contribuindo para evitar a emissão do dióxido de carbono, que está envolvido com todas as mudanças climáticas no planeta”, informou.

O estudante Paulo Mendonça Rodrigues participou do seminário com um grupo do Instituto de Educação Estadual de Maringá. “Foi uma palestra bem interessante, porque explicou o que a gente vai ter que fazer pelo nosso próprio planeta. Como ele [Atila] falou, esses últimos dois anos foram os anos mais quentes de todos os tempos, mas os próximos anos serão os mais frios, e só tende a piorar. Nós cada vez mais vamos ter que batalhar pelo nosso planeta.”

A estudante Natalie Fernanda Lopes de Souza, também do Instituto de Educação Estadual de Maringá, concordou: “Cada vez está ficando mais quente, as mudanças climáticas estão acontecendo e é um assunto que temos que conhecer. E ele também falou sobre o crescimento das árvores, como é que funciona, como a seca está impactando o planeta, foi ótimo”.

Os seminários integram as ações do Convênio de Governança Participativa para a Sustentabilidade, executado por meio do programa Itaipu Mais que Energia, e estão alinhados às diretrizes do Governo Federal para o enfrentamento da crise climática e o fortalecimento da educação ambiental. Além disso, a realização dos seminários conta com o apoio de prefeituras, universidades e diversas instituições.

Professora Suelen Cristina Huber, do Instituto Federal do Paraná de Ivaiporã

Programação

Em maio, os eventos retornam ao Paraná, com passagens por Guaratuba amanhá (06/05), Curitiba (07/05), São José dos Pinhais (08/05) e União da Vitória (09/05). Na segunda quinzena do mês, o cronograma inclui Tibagi (20/05), Irati (21/05), Guarapuava (22/05) e Laranjeiras do Sul (23/05). Nos últimos dias de maio, os encontros acontecem em Santo Antônio da Platina (27/05), Cornélio Procópio (28/05), Londrina (29/05) e Apucarana (30/05). Já em junho, a jornada se encerra com atividades em Campo Mourão (03/06), Pato Branco (04/06) e Assis Chateaubriand (05/06). As inscrições estão abertas no link: www.sympla.com.br/evento/seminario-de-mudancas-climaticas-e-cop-30/2901573.

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