Dono do ‘Jogo do Tigrinho’ é preso em Dubai por promover apostas e ostentar vida de luxo

O influenciador Eduardo Felipe Campelo, natural de Colombo (PR), na Região Metropolitana de Curitiba, foi preso em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, após ter seu nome incluído na lista vermelha da Interpol. Ele é investigado no Brasil por envolvimento com o chamado “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de apostas online que vem sendo alvo de ações judiciais por práticas ilegais.

A informação foi confirmada pelo delegado Tiago Dantas, responsável pelo caso no Brasil. De acordo com ele, o pedido formal de extradição já foi encaminhado à Justiça dos Emirados. “A prisão ocorreu há cerca de 30 dias, mas a data exata e as circunstâncias não foram informadas pela polícia de Dubai”, explicou.

Eduardo Campelo é alvo de investigações por crimes como estelionato qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro e infrações contra a economia popular. Mesmo declarado foragido pela Justiça brasileira, ele continuava ativo nas redes sociais, onde promovia o aplicativo de apostas e sorteios em dinheiro para sua base de seguidores.

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Levantamentos da Polícia Civil apontam que o influenciador teria movimentado ao menos R$ 8,5 milhões com as atividades ligadas ao "Jogo do Tigrinho". Apesar de ter contas bancárias bloqueadas, Campelo mantinha uma vida de ostentação nos Emirados Árabes, com publicações ao lado de carros de luxo e artigos de alto valor.

Mesmo após sua inclusão na lista de procurados internacionais, Campelo continuou promovendo conteúdos nas redes sociais. Em vídeos publicados anteriormente, ele alegava ser vítima de perseguição por parte das autoridades brasileiras. “Levaram meus carros, meu dinheiro, me prenderam... depois desativaram minhas redes. Recomecei, e agora isso de novo”, declarou, em vídeo postado em maio de 2024.

Até o momento, as autoridades brasileiras aguardam uma resposta oficial dos Emirados Árabes quanto ao andamento do processo de extradição. O caso segue em investigação no Brasil, com o influenciador detido em território estrangeiro à espera de uma possível transferência para responder judicialmente no país de origem.