O Ambulatório Municipal de Infectologia desenvolve uma campanha voltada à conscientização sobre a hanseníase, doença infecciosa crônica e curável que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos. O último domingo de janeiro é considerado o Dia Mundial Contra a Hanseníase e em referência à data o ambulatório promoveu uma palestra para capacitação de enfermeiros, dentistas e farmacêuticos da Atenção Primária em Saúde.
Realizada ontem (quarta-feira, 29), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, a capacitação abordou aspectos ligados à prevenção, diagnóstico e tratamento, bem como questões importantes que levam ao estigma.
“A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, pode ser curada com 6 a 12 meses de terapia com medicamentos. O tratamento precoce evita deficiências”, lembra a assistente social do ambulatório, Maria de Lourdes Gianini. A palestra foi realizada pelo médico dermatologista Marcus Henrique Sakumoto, responsável pela coordenação do programa acompanhamento e tratamento da hanseníase no município.
A secretária de Saúde, Lisbeth Scanavaca, enfatiza a capacitação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do atendimento, na questão da prevenção e orientação aos pacientes que visitam as unidades de saúde do município. “Caso haja suspeita, é importante realizar exames e iniciar o quanto antes o tratamento com profissionais, medicamentos e acompanhamento do nosso serviço de saúde, por meio do Ambulatório de Infectologia”, orientou.
A doença é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae e afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. Os sintomas incluem manchas claras ou vermelhas na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.
Caso apresente sinais e sintomas, o paciente deve procurar ajuda médica no posto de saúde mais próximo, que fornecerá orientações sobre o tratamento e o encaminhará para exames. O diagnóstico precoce, o tratamento correto e a investigação de pessoas que convivem ou conviveram, residem ou residiram de forma prolongada com pacientes são as principais formas de prevenção da hanseníase.
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