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Núcleo Regional de Educação de Umuarama capacita 600 professores

O objetivo é fortalecer a inclusão escolar de crianças com TEA, unindo teoria, prática e o compromisso de transformar a realidade dentro das salas de aula

17/05/2025 às 09h30
Por: Alex Miranda
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Heloiza Vieira
Heloiza Vieira

Mais de 600 profissionais da educação participaram da “Capacitação sobre autismo e manejo de comportamentos em sala de aula”, promovida pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Umuarama. O evento, que contou com representantes de 68 escolas dos 19 municípios atendidos pelo NRE, teve como objetivo fortalecer a inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), unindo teoria, prática e o compromisso de transformar a realidade dentro das salas de aula. O encontro aconteceu nesta semana.

Também participaram professores de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) e de escolas especializadas, além de representantes de outros Núcleos e da Secretaria Estadual de Educação (SEED-PR). A formação buscou preparar os profissionais da área para lidar com os desafios do TEA em sala de aula, garantindo uma educação inclusiva, acolhedora e eficaz.

“A educação inclusiva não é apenas uma diretriz legal, mas um dever humano”, destacou a chefe do NRE de Umuarama, Gilmara Zanatta. “Nosso objetivo é garantir que nenhum aluno fique para trás, e isso começa pela capacitação dos nossos educadores. Quando o professor está preparado, a escola se transforma em um espaço verdadeiramente acolhedor”.

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A programação do evento contou com palestras de especialistas do Grupo Evolução e Neurodiversidade (GEN), de Umuarama, que compartilharam conhecimentos técnicos e vivências práticas no diagnóstico de autismo, avaliação neuropsicológica, psicopedagogia e tratamentos do transtorno.

A médica pediatra Leslye Sartori Iria, que também é mãe de criança autista, ressaltou a importância do acompanhamento escolar da criança com TEA: “Mais do que entender o transtorno, é preciso sentir a realidade dessas famílias e olhar para cada criança com singularidade e respeito”, disse.

“Eventos como esse, de capacitação de profissionais, são um passo importante em direção à inclusão do aluno autista”, avaliou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “O Governo do Paraná não apenas oferece recursos para a escola, como Salas de Recursos Multifuncionais e Planos de Atendimento Especializado, mas também apoia essas iniciativas regionais”.

ATENÇÃO AO ALUNO

Além das palestras, os professores também participaram de atividades práticas voltadas ao manejo de comportamentos em sala de aula, ao uso de recursos pedagógicos inclusivos e à elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI).

Elaborado pelo professor após avaliação do aluno com necessidades educacionais específicas, o PEI é uma ferramenta de planejamento, apoio e acompanhamento pedagógico. “O PEI não é um documento burocrático, é uma ferramenta viva. Ele traduz as necessidades do aluno e orienta os profissionais sobre como alcançá-las com mais eficácia”, explicou a psicopedagoga Fernanda Rubias, do Grupo Evolução e Neurodiversidade.

Para a neuropsicóloga Thais Serafim, também do GEN, é de suma importância conhecer o perfil cognitivo dos alunos. “A avaliação é o ponto de partida para qualquer intervenção eficaz. Conhecer o aluno é a base para construir um plano pedagógico que funcione”, disse.

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