O homem preso em flagrante na tarde da última quarta-feira (11) depois de matar e decapitar outro homem na cidade de Goioerê (a cerca de 60 quilômetros de Umuarama), confessou o crime e disse à Delegacia Lorena Vieira que sequer se arrependeu de ter praticado o assassinato.
Segundo a delegada, tudo começou com uma denúncia de violência doméstica que era praticada pelo assassino, contra a mulher, que acionou a Polícia Militar. Quando os PMs chegaram na residência do casal, logo encontraram o acusado perto dali. Ele foi algemado e, a caminho da viatura, os PMs passaram com o detido pelo quintal da casa, quando ele chutou uma cabeça que estava parcialmente enterrada. Ele dizia que ali estava a cabeça de um homem.
Foi então que os policiais se deram conta de que ele teria cometido um crime muito mais grave do que a violência doméstica.
Pouco a pouco as informações foram chegando aos policiais por parte da esposa e sogra do acusado.
Elas disseram que depois da agressão em casa, o acusado saiu do imóvel portando um machado começou a danificar o carro do dono da casa onde moravam, que estava estacionado perto. O proprietário do Celta estava a cerca de 50 metros dali em uma empresa de Ferro Velho.
Ao notar a presença deste homem, o acusado foi em sala direção e desferiu golpes com o machado em sua cabeça, até que ela foi arrancada do pescoço e ficou cravada no fio do machado.
Foi então que o autor colocou a arma nos ombros e caminhou tranquilamente com o machado e a cabeça cravada a ele até seu quintal, onde deixou a enterrou rapidamente e saiu. Os policiais encontraram o corpo e isolaram a área.
Os requintes de crueldade se refletiram no depoimento dado à Polícia Civil. “O tempo todo ele tinha falas desconexas e chegou a insinuar que matou daquela forma pois a vítima ‘mexia com coisas pesadas’, se referindo a praticas religiosas”, disse a delegada.
O inquérito ainda não foi concluído, pois basta identificar a real motivação do assassinato. O acusado nunca foi preso, mas possui indicações de praticas anteriores de violência doméstica. A vítima, Moacir Tavares, de 64 anos, conhecido como ‘Bacana’, tem dois antecedentes criminais por homicídio que estão sendo base de investigações sobre este caso. “Apesar destes homicídios, acreditamos que não há ligação entre estes crimes cometidos pela vítima e sua morte nesta ocasião”, salienta a delegada, ressaltando que também não encontrou indícios de que a negociação do aluguel da casa em que o autor morava tenha algo a ver com o assassinato.
Apesar de as investigações ainda estarem em andamento, o acusado, que não teve sua identidade revelada pela polícia, segue recolhido no Departamento Penitenciário Estadual, à disposição da Justiça.
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